Em ano pré-eleitoral, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, escolhida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidata à sucessão, procurou enfatizar obras do governo que se destacam por respeitar a legislação ambiental. Em vários momentos, durante a apresentação do 8º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), nesta quinta (08/10) a questão da proteção do meio ambiente permeou o discurso de Dilma.
Ao falar da revitalização do São Francisco, Dilma ressaltou que “essas obras significam um esforço para a recuperação de matas ciliares do rio, significa fazer o sistema de esgoto, que já está concluído em seis sistemas”.
Ao falar sobre as obras de saneamento, Dilma novamente abordou a questão ambiental. “O Brasil não investia em saneamento. Estamos fazendo obras importantes. Investir em saneamento é uma forma de investir no meio ambiente, porque evita jogar esgoto a céu aberto, tanto de casas quanto o industrial e, em muitos casos, o hospitalar.”
O tema voltou ao discurso quando Dilma falou sobre a questão energética e sobre a construção de refinarias. No balanço apresentado hoje, entre janeiro de 2007 e agosto de 2009, os investimentos do principal programa de criação de infraestrutura do governo somaram R$ 338,4 bilhões, o equivalente a 53,6% do total previsto para ser executado até 2010.
Do total já investido, R$ 107,1 bilhões foram aplicados pelas estatais e R$ 28,2 bilhões vieram do orçamento fiscal. Os investimentos privados somaram R$ 83,6 bilhões no período de janeiro de 2007 a agosto de 2009. Em 2009, os investimentos do PAC chegaram a R$ 98,5 bilhões. O balanço demonstrou ainda que 39% das ações foram concluídos. No último mês de agosto, 52% das obras estavam em ritmo adequado, 7% demandavam atenção e 2% estavam em situação preocupante.
(Por Luciana Lima, com edição de Talita Cavalcante, Agência Brasil, 08/10/2009)