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fontes alternativas revolução energética parques eólicos
2009-10-06

Apesar dos novos recursos financeiros registrarem alta em comparação aos baixos números do início do ano, os investidores ainda esperam pelos fundos governamentais de estímulo antes de realizarem apostas robustas no setor

Depois de uma queda dramática no primeiro trimestre de 2009, os novos investimentos financeiros em energia limpa vêm se recuperando como mostram levantamentos recentes de uma consultoria especializada no setor. Mundialmente, a New Carbon Finance estima que tenham sido investidos US$ 25,9 bilhões em novos negócios, que incluem venture capital, private equity, public equity, ativos financeiros (ações, débitos, arrendamentos e outros), títulos e débitos corporativos.

Houve uma queda com relação ao segundo trimestre (US$ 28,6 bilhões), mas o valor foi superior aos US$ 13,3 bilhões registrados de janeiro a março. Apesar dos números fortes nos últimos meses, as atividades de investimento não retornaram aos níveis vistos em 2007 e 2008. Os novos investimentos financeiros em energia limpa tiveram uma queda de 22% neste terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2008.

Por isso, a empresa estreitou a previsão que havia feito de novos investimentos no setor em 2009 para entre US$105 bilhões a US$ 115 bilhões, que além dos negócios citados acima inclui pesquisas, desenvolvimento e aplicação e projetos distribuídos de pequena escala, como tetos painéis solares na cobertura de edifícios.  Como comparação, em 2008 foram US$ 155 bilhões, em 2007, US$ 148 bilhões e em 2006, US$ 93 bilhões.

As previsões para 2020, contudo, se mantém em US$ 300 bilhões por ano, mas segundo a New Carbon Finance, bem abaixo dos US$ 500 bilhões anuais que seriam necessários para limitar as temperaturas globais em 2o C.

“Mais significantemente, os níveis de investimentos exigidos para trazer as emissões globais de carbono para um pico durante a próxima década estão mais longe de serem alcançadas do que nunca – particularmente se considerado a aproximação do prazo final que é Copenhague (Conferência do Clima das Nações Unidas em dezembro)”, disse o chefe-executivo da consultoria, Michael Liebreich.

Liebreich vê com otimismo a retomada dos investimentos depois do colapso do primeiro trimestre, mas alerta que o ambiente de financiamento se mantém difícil, ainda bastante dependente de fundos de estímulos, bancos de desenvolvimento e bancados por capital estatal de várias formas.

Neste terceiro trimestre, o Índice WilderHill New Energy Global Innovation, que monitora 88 ações do setor de energia limpa de todo o mundo, subiu 11,5%, com uma alta acumulada de 38,5% no ano.

Investidores de venture capital e private equity colocaram US$ 2,2 bilhões em empresas do setor de energias limpas nos meses de julho a setembro, um aumento em relação ao segundo semestre quando foram US$ 1,4 bilhões. Porém, se comparado com o mesmo período em 2008, que registrou pico neste tipo de investimento (US$ 4,1 bilhões), este volume representa um pouco mais da metade.

Os acordos em destaque ficaram por conta dos US$ 198 milhões levantados pela empresa de energia solar dos EUA Solyndra e pelos US$ 82,5 milhões obtidos pela Tesla Motors, do setor de veículos elétricos. Os ativos financeiros, que normalmente compõe a maior porção dos investimentos em energia limpa, chegaram a US$ 19,2 bilhões no terceiro trimestre do ano para novas verbas, caindo com relação ao segundo trimestre (US$ 24,1 bilhões), mas bem acima do primeiro (US$ 11,4 bilhões), que por sinal foi o mais baixo desde o início de 2006.

Eólica e Solar
Segundo Liebreich, a falta de recursos por causa da crise bancária se mantém como um impedimento ao financiamento de projetos de fazendas eólicas e parques solares. Contudo, há sinais de que as coisas comecem a melhorar. “Estamos vendo governos – em particular os EUA – começando a gastar os estimados US$ 163 bilhões prometidos para programas de “estímulo verde”. Isto deve incentivar os ativos financeiros no quarto trimestre”, avaliou.

Entre os projetos que receberam grandes quantias nesta área estão o parque eólico em alto mar de Belwind, na Bélgica, previsto para produzir 165 megawatts (MW) e conseguiu US$ 897 milhões para sua primeira fase; e o projeto de painéis fotovoltaicos de Longyuan Qinghai Germu, na China, que promete gerar 200 MW e, para isso, obteve US$ 586 milhões.

A Europa continua na liderança nos números de ativos financeiros, com quase metade do volume total (US$ 8,8 bilhões). Já os Estados Unidos, por exemplo, estão bem atrás, responsáveis por uma fatia de apenas US$ 1,2 bilhões. Isto porque os investidores de lá estão esperando os fundos dos programas de estímulo do governo. No final de julho, os Departamentos de Energia e do Tesouro do país lançaram um novo programa, mas sem liberar nenhuma parcela dos recursos prometidos até agora.

(Por Paula Scheidt, CarbonoBrasil, 05/10/2009)


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