A Apple renunciou nesta segunda-feira (05/10) à sua vaga na Câmara de Comércio dos Estados Unidos devido a divergências em relação à política de mudanças climáticas do grupo industrial. "Gostaríamos que a câmara tomasse uma posição mais progressiva em relação a esta questão crítica e que desempenhasse um papel mais construtivo ao lidar com a crise climática", disse a vice-presidente de assuntos do governo da Apple, Catherine Novelli, em carta destinada ao grupo.
Novelli afirmou, na carta, que a Apple renunciou à sua posição como membro do grupo industrial "imediatamente". No mês passado, três grandes empresas de energia norte-americanas, Exelon, PG&E and PNM Resources, deixaram a Câmara pela mesma razão.
Outras empresas já criticaram o grupo, que tem pressionado por audiências públicas para contradizer as provas científicas de que as mudanças climáticas se devem à ação do homem. Críticos afirmam que o ponto de vista da Câmara não reflete o ponto de vista mais amplo de seus membros, em se tratando do clima.
Após a Exelon anunciar sua renúncia no mês passado, a Câmara afirmou em comunicado que é a favor das opiniões "em voga, de bom senso" sobre mudanças climáticas, mas se opõe ao projeto de lei que por pouco foi aprovado pela Câmara norte-americana em junho. Senadores democratas revelaram uma nova versão do projeto na semana passada, baseada no projeto de lei da Câmara, embora o futuro da proposta seja incerto.
(Folha Online, com informações da Reuters, 05/10/2009)