A possibilidade da perda, por parte do Rio Grande do Sul, de investimentos na área de energia eólica para estados do Nordeste reuniu, na tarde dessa segunda-feira (05/10), secretários de Estado, parlamentares, representantes da Eletrosul e BRDE.
A audiência, no gabinete do secretário Márcio Biolchi, da pasta do Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, teve a presença, também, do secretário da Fazenda, Ricardo Englert, do secretário adjunto da pasta da Infra-estrutura e Logística, Adalberto Silveira Neto, do secretário substituto da Sedai, Josué Barbosa, do diretor de Engenharia da Eletrosul, Ronaldo dos Santos Custódio, do presidente do BRDE, Mário Bernd, do prefeito de São José dos Ausentes, Erivelto Velho, e dos deputados Alberto Oliveira (PMDB) e Ronaldo Zülke (PT).
O encontro aconteceu após alerta do deputado Alberto Oliveira (PMDB), que esteve em Florianópolis, semana passada, acompanhando prefeitos de cidades dos Campos de Cimas da Serra à Eletrosul. Na oportunidade, o parlamentar peemedebista ressaltou que o Rio Grande do Sul poderá assistir seus projetos de instalação de parques para geração de energia eólica ficarem para trás, por falta de competitividade no leilão promovido pelo governo federal, dia 25 de novembro.
O secretário adjunto da pasta de Infra-estrutura e Logística, Adalberto Silveira Neto, informou que o Estado tem protocolos prontos a serem apresentados, resultados de estudos que vêm sendo realizados já há algum tempo, e que serão disponibilizados aos interessados. Alberto Oliveira sugeriu que estas propostas sejam apresentadas aos empreendedores dos 86 projetos com os quais o Estado concorrerá no leilão.
O secretário Márcio Biolchi ficou responsável por agendar reunião junto à direção do BNDES, na qual será proposto que o banco de fomento nacional desenvolva programa de financiamento para a energia limpa com taxas diferenciadas, viabilizando aconcorrência de outros estados com o Nordeste, privilegiado por um fundo de financiamento próprio. “Estas diferenças prejudicam outros competidores”, observou Alberto Oliveira, lembrando que a formação de um polo de energia eólica nos estados nordestinos, agora, inviabilizará outros projetos semelhantes nos demais estados no futuro.
(Por Celso Bender, Gabinete do deputado/Ascom AL-RS, 05/10/2009)