A Polícia Federal na Bahia prendeu nesta sexta-feira (02/10) nove pessoas por posse de agrotóxicos contrabandeados. As prisões foram feitas dentro da Operação Pureza, deflagrada desde a manhã, que investiga a entrada ilegal de produtos para o campo no território brasileiro. Seis das prisões tiveram caráter preventivo e três foram em flagrante. Também foram cumpridos 18 mandados de busca em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, na Bahia, Guaíra, Quatro Pontes e Santa Terezinha do Iguaçu, no Paraná, e Mundo Novo (MS).
Segundo a PF, a investigação que deu origem à operação identificou uma quadrilha que comprava os agrotóxicos no Paraguai, transportava o material até a região oeste da Bahia, e em seguida o distribuía para produtores rurais e empresas de três cidades: Barreiras, Luís Eduardo Magalhães e Formosa do Rio Preto.
Nesta sexta foram interrogados e indiciados quatro produtores rurais, identificados como supostos receptadores de agrotóxicos. Nas propriedades foram apreendidos documentos, cheques, dinheiro e sete carros.
A PF afirma ter apreendido também cerca de 400 kg de agrotóxicas de "aparente origem estrangeira e ilícita". Fiscais da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) acompanharam a operação. Segundo a polícia, o uso dos agrotóxicos pode trazer prejuízos ao meio ambiente e à saúde pública, já que os produtos não passaram por aprovação das autoridades e tem níveis de toxicidade desconhecidos.
Os agrotóxicos apreendidos na operação são: Mospilan, Acetamiprid, Trimethyl, Ally, Priori, Regente, Fipronil, Cruiser, Cloril, Bim, Evoke, Clorimuron, Thiosam70 e Folicur (nomes específicos e genéricos, segundo a PF). Além dos nove presos, outras seis pessoas também foram indiciadas pelos crimes de contrabando, receptação e formação de quadrilha. A PF afirma que os indiciados também responderão por crimes ambientais e pelos previstos na lei dos agrotóxicos.
(Folha Online, 02/10/2009)