O deputado Alberto Oliveira (PMDB) e os prefeitos de São José dos Ausentes, Erivelto Sinval Velho, e de Bom Jesus, José Paulo de Almeida, reuniram-se na tarde de quarta-feira (30), em Florianópolis, com o diretor de engenharia da Eletrosul – Centrais Elétricas SA, Ronaldo dos Santos Custódio. Foram levar ao dirigente a preocupação quanto à possibilidade de que propostas do Rio Grande do Sul fiquem de fora do leilão de energia eólica que o governo federal realizará dia 25 de novembro.
Igualmente, buscaram saber como poderão ser superados entraves à instalação do parque eólico em São José dos Ausentes, prejudicando toda a região dos Campos de Cima da Serra. “Perder estes empreendimentos significa perder outras oportunidades, uma vez que está sendo instalado um novo polo de geração de energia no Nordeste”, advertiu Alberto Oliveira.
Seis projetos integram o parque a ser construído naquele município, cada um com capacidade para gerar 30 MW. O diretor de engenharia da Eletrosul afirmou que as propostas do Rio Grande do Sul a serem encaminhadas a Brasília estão concluídas, faltando alguns ajustes. O prazo para a entrega de documentos faltantes encerra-se em 10 de outubro. “Precisamos alinhavar tudo para que seja viabilizada nossa participação naquele leilão, primeiro específico para o segmento”, lembrou o prefeito de Bom Jesus, José Almeida, preocupado com os reflexos econômicos que a não instalação do parque representaria.
“Além da geração de energia limpa, que é o maior ganho, seriam criados 1,2 mil postos de trabalho nos dois anos de construção do parque, 600 empregos diretos e o mesmo número de indiretos”, observou o prefeito de São José dos Ausentes. Conforme Erivelto Velho, é importante que o Estado apresente alguma proposta de incentivo para garantir a viabilidade das propostas gaúchas.
Risco
“O Rio Grande do Sul corre o risco de perder os investimentos para estados do Nordeste do país”, alertou o deputado Alberto Oliveira, que propôs a criação e coordenou a Subcomissão Mista na Assembleia para tratar da Energia Eólica. “O Estado precisa acordar para isso, senão não haverá tempo para condições favoráveis aos investidores. Assistiremos a vitória de outros estados, mais uma vez”, ressalta o parlamentar. Conforme o deputado, o Rio Grande do Sul precisa estabelecer medidas que sejam atrativas às empresas. No Ceará, por exemplo, o governo do Estado realiza investimentos na infraestrutura e apoio para implantação das usinas, com construção de acessos, iluminação pública e telefonia.
(Por Celso Bender, Gabinete do deputado/Ascom AL-Rs, 01/10/2009)