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2009-10-01

A vitória na eleição do último domingo (27/09) dos aliados de Angela Merkel na Alemanha significa que ela pode reescrever o acordo de término da energia nuclear, permitindo que os reatores funcionem mais tempo do que o estabelecido por seus predecessores. As ações dos operadores de usinas nucleares subiram nesta segunda-feira (28), apesar do preço do carbono rastejar e da energia cair em conjunto com o petróleo, quando os conservadores de Merkel e os Democratas Liberais indicavam a formação de uma coalizão.

O resultado da eleição pode resultar em mais projetos nucleares em outros países europeus e contribuir para menores emissões de carbono no bloco, mas não é uma carta branca para novos reatores em solo alemão, onde a população ainda é contra.

“Precisamos da energia nuclear como uma tecnologia de conexão para manter os preços da energia estáveis e para cumprir nossas metas de proteção climática”, disse Katherina Reiche, legisladora conservadora que trabalha com segurança dos reatores e meio ambiente, à ARD Television “Pretendemos trabalhar em direção à extensão do período de funcionamento das usinas”, comentou ela, confirmando os planos pré-eleição.

As ações da operadora E.ON estão em alta de 3,7% e da rival RWE de 3,1%, superando a respeitada DRAX. Os ganhos poderiam ter sido maiores, se não fosse por potenciais condições que o governo poderá impor sobre a permissão para operação dos lucrativos reatores daqui para a frente, explicou o analista do banco Sal. Oppenheim, Stephan Wulf.

O banco presume que os ciclos de vida serão estendidos em 15 anos com base em acordos de divisão de benefícios, que após as taxas deixariam 65% dos lucros para os estados e 35% para os operadores.

Projetos europeus
“Mas ainda não estão claras quais concessões os políticos irão querer por permitir ciclos de vida mais longos”, disse Wulf, se referindo aos fundos de pesquisa para energias renováveis e outras metas que o governo deseja que as usinas apóiem. Sete usinas nucleares totalizando 6.200 megawatts de capacidade instalada teriam que fechar nos próximos quatro anos se nada mudasse, e agora podem continuar em operação.

A energia nuclear virtualmente não emite dióxido de carbono, que em teoria poderia ser negativo para o esquema de permissões de emissão, mas analistas dizem que os efeitos serão mínimos até 2012.

Os opositores do governo prometeram manter-se contra  ao abrandamento da legislação nuclear e tem o potencial de mobilizar lobbies poderosos. “Não deve haver extensão da vida das usinas nucleares”, gritou o representante do Partido Verde Renate Kuenast a apoiadores. Os Verdes continuam com força significativa, conquistando 10,7% dos votos no domingo.

O lobby do setor nuclear, Atomic Forum, declarou: “Agora a argumentação sobre um depósito final deve parar e precisamos chegar a uma solução sustentável”. O armazenamento dos resíduos nucleares é um assunto politicamente forte na Alemanha, onde está sendo questionada a adequação do depósito Gorleben. A oposição nuclear alemã é parte da cultura política de forma particular na Europa, sendo que Finlândia e França estão construindo novos reatores, além da E.ON e RWE estarem estudando plantas para a Inglaterra e também projetos para o leste europeu.

Renováveis
Os ganhos das ações dos operadores nucleares apresentaram contraste com as altamente subsidiadas empresas solares, como a Q-Cells e a Solarworld. As suas subvenções generosas devem declinar sob a influencia dos Liberais, parceiros de Merkel. A generosa legislação para alimentação da rede (feed-in) através de energias renováveis, trazidas por dois governos Social-Verdes entre 1998 e 2005, deve ser substituída ou reduzida, alega Wulf.

Mas ele não espera que isto aconteça antes de 2011 e enxerga espaço para uma corrida a médio prazo para as ações solares em grande parte de 2010, quando os renováveis devem se tornar mais competitivos. A substituição da nuclear por renováveis em uma fase mais a frente é muito mais provável do que se o acordo de término da nuclear tivesse sido sustentado por um outro resultado da eleição”, comentou. “A partir de 2011, os preços dos fabricantes de equipamentos renováveis alemães podem ser muito competitivos e eles podem procurar mercados alternativos como os Estados Unidos e China”.

A RWE, que também tem uma grande fatia de nuclear e recentemente apresentou atividade em direção aos renováveis, disse que um mix de fontes de geração continua essencial para a Alemanha, onde a energia nuclear equivale a 23% e o carvão por metade. “Além dos renováveis, também precisamos de carvão e nuclear”, disse o CEO Juergen Grossmann em uma declaração após as eleições.

(Por Vera Eckert, Reuters* / CarbonoBrasil, com tradução de Fernanda B. Muller, 29/09/2009)

* Para ler o texto original, entre na Comunidade de Carbono da Reuters, clicando aqui


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