No encontro para eleger a chapa que comandará os trabalhos da comissão especial do novo Código Florestal, os deputados decidiram adiar mais uma vez a decisão. A primeira reunião da nova comissão, realizada nesta terça (29/09), terminou em bate-boca. Hoje, mais calmos, os parlamentares fizeram um acordo, antes mesmo do início oficial da sessão, e adiaram a eleição para a próxima terça-feira, às 14h.
Até lá, serão realizadas reuniões entre os 18 deputados para se chegar a um consenso acerca dos nomes indicados para chefiar a comissão. As discussões de ontem surgiram depois que parlamentares do PV, P-SOL, PT e PCdoB reclamaram de não terem sido ouvidos na articulação para a escolha da chapa formada pelos deputados Moacir Micheletto (PMDB-PR), para presidente; Homero Pereira (PR-MT), para relator; Giovani Queiroz (PDT-PA), primeiro-vice-presidente; Sarney Filho (PV-MA), segundo-vice-presidente; e Luis Carlos Heinze, terceiro- vice-presidente.
O líder do PV, o deputado baiano Edson Duarte, disse que não foi ouvido e que não havia indicado o nome do deputado Sarney Filho (PV-MA) para a chapa. Duarte disse que retiraria o nome do parlamentar da lista.
O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) criticou a postura do PV: “O Partido Verde tenta buscar a atração da discussão para si porque tem uma candidata à Presidência da República e tem uma posição radical que não quer que o Brasil tenha uma legislação ambiental moderna, científica, técnica”, afirmou após a sessão de hoje.
“Temos que negociar com a base e fazer relator e presidente por consenso”, disse o deputado José Genoino (PT-SP), que ontem protestou sobre a forma como a chapa foi montada. Ele reconheceu, entretanto, a dificuldade de mudar os nomes para a presidência e relatoria da comissão. “Eles já têm dez dos 18 votos.”
(Por Danilo Macedo, com edição de Lílian Beraldo, Agência Brasil, 30/09/2009)