Os moradores das áreas mais atingidas pelas enchentes em São Leopoldo e Novo Hamburgo aproveitaram o dia de sol para calcular os prejuízos. Depois de terem as casas alagadas pelo transbordo do Rio dos Sinos, muitos tentam retomar a rotina.
'Tive que sair de casa com água na cintura para pedir ajuda. Agora, é a vez de limpar a casa e colocar as coisas em ordem', relatou Elizete Fortes, que reside na Rua da Praia, às margens do Rio dos Sinos, em São Leopoldo. Ela lembrou que os últimos dias foram de dificuldades e acrescentou que mora junto com os filhos e o genro. Embora resida há 15 anos no local, ela não se acostumou com as repetidas enchentes.
Apesar do sol, que favoreceu a limpeza das casas, os ventos e as temperaturas baixas preocupam. O maior receio é em relação a doenças, como gripes e resfriados. 'As casas ficaram molhadas e a sensação térmica é mais baixa ainda', relatou o casal Jorge Luis e Izolde Gras. Com a casa atingida pelas águas das chuvas dos últimos dias, eles levantaram os móveis e eletrodomésticos, prevendo a possibilidade de um novo transbordo do rio. 'Desta vez, não queremos ser surpreendidos, como ocorreu no ano passado, em que não conseguimos salvar quase nada. Agora, já vamos deixar tudo que é importante nas alturas', afirmou o casal, que começou a trocar os móveis de lugar ontem pela manhã.
(Correio do Povo, 30/09/2009)