Após completar 25 anos de existência, a usina hidrelétrica de Tucuruí finalmente vai fornecer energia aos lares da região do Marajó. Ao todo, 50 mil domicílios de 15 municípios serão beneficiados pelo novo sistema elétrico, fruto da parceria entre os governos federal e estadual. A obra faz parte do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do arquipélago e vai sanar uma dívida histórica do Poder Público com o desenvolvimento socioeconômico da região, que é conhecida nacionalmente por ter um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país.
Com um IDH de 0,627, inferior à média nacional, que é de 0,792, pelo menos 40% das famílias da região vivem abaixo da linha da pobreza, onde aproximadamente 60% das residências não dispõem de energia elétrica - maior percentual de abstenção dessa estrutura entre as demais regiões paraenses. Na área rural, a estatística é ainda pior: 85% dos moradores do arquipélago, que em sua totalidade tem 392 mil habitantes, não têm acesso a luz elétrica.
Com o sistema elétrico proposto, denominado 'Projeto Linhão de Marajó', serão construídas 16 subestações, substituindo 15 usinas geradoras movidas a óleo diesel. Outras duas, já implantadas, passarão por um processo de adaptação, tornando possível a instalação de 1,2 mil quilômetros de linhas de transmissão, além da distribuição de energia elétrica nas tensões 138 kv e 34,5 kv. Com a mudança, o Marajó será incluído no Sistema Interligado Nacional (SIN). A obra vai custar R$ 490 milhões e está dividida em duas fases - a primeira delas já iniciada.
(O Liberal / Amazonia.org.br, 25/09/2009)