O projeto de construção de uma PCH que prevê reduzir a vazão das águas do Rio Chapecó é polêmico entre a população de Abelardo Luz. O motivo: as quedas do rio, principal beleza natural e atrativo do município do Oeste Catarinense, podem perder parte de seu encanto. Formado por moradores, o movimento Amigos das Quedas está decidido a impedir a obra. Para isso, fez circular um abaixo-assinado, mandou confeccionar 500 camisetas e imprimiu 10 mil jornais com informações apontando os estragos que o empreendimento pode fazer, não só no rio como em todo seu entorno.
– Temos 2,5 mil assinaturas contra o projeto – conta o gerente do Hotel Quedas, Cláudio Fávero Júnior.
Fávero diz que o município tem um grande potencial turístico, vocação que ficaria prejudicada.
– A identidade local são as quedas – destaca.
A luta de Fávero tem o respaldo de entidades de peso, como Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sindicato Rural e Sindicatos de Trabalhadores Rurais.
Engenheiro responsável pelo projeto desenvolvido pela Verde Vale Energia, Marcos Elias afirma que a obra não vai secar as quedas, já que a obrigação é deixar pelo menos uma vazão de 16,7 metros cúbicos por segundo. Abaixo disso, a usina paralisa as atividades, garante. Quando o rio estiver cheio, o uso máximo será de 40,8 metros cúbicos por segundo.
(Diário Catarinense, 26/09/2009)