A Comissão Europeia respondeu nesta quinta-feira (24) negativamente ao pedido do premiê italiano, Sílvio Berlusconi, para aumentar o limite das emissões de CO2 permitidas na Itália para o período de 2008 a 2012.
A UE (União Europeia) havia autorizado a cota de 195,8 milhões de toneladas de CO2 por ano. O número é 6,3% menor do que a proposta do governo italiano, que tinha pedido um teto de 209 milhões de toneladas para a indústria do país.
"Os tetos foram definidos e adotados pela comissão através de um processo baseado na legislação europeia" e "não são negociáveis", disse a porta-voz do órgão executivo da UE, Barbara Hellferich.
De acordo com a imprensa italiana, na semana passada Berlusconi mandou uma carta ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, pedindo oficialmente que os limites impostos ao país fossem rediscutidos.
O plano nacional italiano sobre emissões de CO2 para 2008-2012 foi aprovado em maio de 2007, em Bruxelas, após meses de negociações. A validação dos especialistas da comissão, porém, veio condicionada a algumas modificações --a principal delas quanto à porcentagem máxima permitida para as emissões de gases causadores do efeito estufa.
A legislação europeia fixa em dois meses o período para um eventual recurso.
(Ansa / Folha Online, 25/09/2009)