A gerente do Grupo Katoomba na América Tropical, Hannah Murray, fez há pouco, nesta quinta (24/09) um relato sobre experiências internacionais de pagamento por serviços ambientais. No ano passado, segundo ela, o mercado mundial de carbono movimentou 126 bilhões de dólares. Ela participa de audîência pública das comissões da Amazônia e do Meio Ambiente sobre compensação financeira pela preservação da natureza.
Murray afirmou que, na América Latina e no Caribe apenas três países adotam políticas do gênero: Costa Rica, México e Equador. Segundo ela, há basicamente dois modelos: um pago pelo usuário do serviço, como o consumidor que quer a garantia de água limpa, por exemplo, e outro pago pelo governo, por meio de programas de incentivo à preservação ambiental.
Ela citou um novo modelo, que está sendo lançado mundialmente, chamado mecanismo Redd (Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação). Nesse sistema, proprietários de terras - agricultores, pecuaristas e madeireiros - recebem incentivos financeiros para não desmatar, como pagamento pela manutenção do carbono que está estocado na vegetação e que seria emitido para a atmosfera caso a floresta fosse derrubada.
Murray afirmou também que sempre existe dinheiro para manter as atividades já existentes em cada região, e faltam recursos para experiências de novos modelos de produção.
(Por Sílvia Mugnatto, com edição de Wilson Silveira, Agência Câmara, 24/09/2009)