O grupo português EDP anunciou o lançamento de um projeto-piloto "integrado e sustentável" na área das energias renováveis para o campo de refugiados de Kakuma, no Quênia, num investimento de 1,3 milhão de euros. "O projeto, inédito à escala mundial, foi apresentado na 5ª Conferência anual Clinton Global Initiative, em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados - UNHCR (ACNUR)", disse à Agência Lusa fonte oficial da elétrica portuguesa.
A 5ª Conferência anual da Clinton Global Initiative começou na terça-feira e termina na sexta, em Nova York. A mesma fonte esclareceu que a EDP vai enviar alguns técnicos para o campo de refugiados com o objetivo de "supervisionar a instalação e manutenção" das máquinas, que serão feitas "através de parcerias locais".
Projeto
A iniciativa surge da adesão da EDP como membro fundador do Helpin, uma Rede de Parceiros Portugueses de Ajuda Internacional aos Refugiados. "O projeto visa criar uma abordagem padrão de soluções de energia renovável que possa vir a ser replicada em outros campos de refugiados e ainda em comunidades carentes remotas", ressaltou.
O desenvolvimento sustentável neste campo, com mais de 50 mil refugiados, será alcançado através da instalação de painéis solares fotovoltaicos, aerogeradores, lâmpadas eficientes, redimensionamento de geradores a diesel, instalação de bombas de água, fornos solares e purificadores de água.
As entidades envolvidas procuram, desta forma, criar as melhores condições para o funcionamento de escolas, hospitais e outras instalações da Agência humanitária. O projeto-piloto tem ainda a preocupação de fomentar o empreendedorismo social ligado à energia e meio ambiente e estará concluído até outubro de 2010. Este projeto se enquadra nos Objetivos do Milênio, definidos pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2000.
(Lusa, UOL, 25/09/2009)