A petroleira OGX, do grupo empresarial de Eike Batista, comprou participações em sete concessões terrestres para exploração e produção de petróleo e gás. A operação - que incluirá o braço de energia do grupo, MPX - marca a estreia da OGX na busca por petróleo em terra. O objetivo é encontrar gás natural para abastecer térmicas no Maranhão, onde estão as concessões. "A bacia do Parnaíba é considerada uma nova fronteira de grande potencial na produção terrestre de gás", disse, em fato relevante, o diretor geral da empresa, Paulo Mendonça.
Segundo o texto, a OGX será a operadora e terá 70% dos sete blocos na Bacia do Parnaíba, que foram adquiridos pela Petra Energia S.A. na nona rodada de licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em 2007. A Petra permanecerá com os 30% restantes. A OGX não informou o valor da transação, limitando-se a dizer que pagará o equivalente ao bônus de assinatura desembolsado pela Petra para os blocos (R$ 10,4 milhões) mais os custos e garantias do primeiro período exploratório previsto em contrato.
A operação terá uma segunda etapa, que prevê a transferência da fatia da OGX para uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) composta pela petroleira, com 66,7%, e pela MPX, braço de energia do grupo de Eike Batista, com 33,3%. As empresas trabalharão em conjunto na busca por oportunidades para geração termelétrica com o gás eventualmente descoberto nas concessões. Segundo a OGX, a Bacia do Parnaíba já teve um poço perfurado pela Petrobrás no passado, com indícios de gás natural.
"Esta aquisição confirma o compromisso da OGX em expandir seu portfólio com ativos de baixo risco e grande potencial exploratório", afirmou Mendonça, no comunicado. Até agora, a OGX havia concentrado suas atenções em bacias marítimas: participa de 22 concessões nas bacias de Santos, Campos, Espírito Santo e Pará-Maranhão. A empresa iniciou a perfuração de seu primeiro poço como operadora na semana passada, em águas rasas na Bacia de Campos.
(Por Nicola Pamplona, Agência Estado, 24/09/2009)