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plano climático política ambiental china política ambiental do Japão
2009-09-25

Quando terminou a cúpula de um dia na sede da Organização das Nações Unidas sobre mudança climática, somente China e Japão haviam se comprometido a dar passos concretos para enfrentar a mudança climática. “Todos compareceram à festa do chá da cúpula do clima, entretanto, apenas Japão e China levaram o bolo”, disse à IPS o porta-voz da organização Oxfam Internacional David Waskow.

James P. Leape, diretor-geral do Fundo Mundial para a Natureza (WWF), também destacou a “forte liderança em ação” de Pequim e Tóquio. “Elogiamos a liderança dos dois grandes atores da Ásia oriental, que é impressionante”, afirmou. Tanto o presidente chinês, Hu Jintao, como o primeiro-ministro japonês, Yukio Hatoyama, “demonstraram seu compromisso em implementar uma série de medidas políticas para transformar a retórica em ação”, acrescentou Leape.

Em seu discurso perante a maior cúpula de líderes mundiais sobre mudança climática na terça-feira (22/09), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reconheceu que as nações industriais do Ocidente causaram grande parte do dano no clima no último século, e que “ainda têm a responsabilidade de liderar. E continuarmos fazendo isso, investindo em energias renováveis, promovendo maior eficiência e reduzindo nossas emissões para atingirmos as metas fixadas para 2020 e nosso objetivo de longo prazo de 2050”, prometeu Obama em sua primeira aparição na ONU,

Porém, as promessas mais concretas partiram dos dois maiores emissores de gases que provocam o efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global: China e Japão. Os Estados Unidos, os 27 países da União Européia, Rússia e Índia os seguem com as nações mais contaminantes. O presidente chinês, também pela primeira vez na ONU, disse que seu país implementa o Programa Nacional contra a Mudança Climática, que inclui metas obrigatórias para reduzir a intensidade energética (quantidade de energia usada para cada US$ 1 mil produzidos), bem como para incrementar a cobertura de florestas e promover as energias renováveis até 2010.

“Apenas reduzindo a intensidade energética a China pode economizar 620 milhões de toneladas de carbono padrão no período de cinco anos (2005-2010), equivalentes a 1,5 bilhão de toneladas de emissões de dióxido de carbono”, disse Hu. Também prometeu que a China trabalhará para reduzir as emissões de dióxido de carbono por unidade do produto interno bruto por uma “notável margem” até 2020, em relação aos níveis de 2005. “Desenvolveremos vigorosamente energias renováveis e a energia nuclear”, assegurou o presidente chinês.

Por sua vez, o primeiro-ministro japonês, outro a comparecer pela primeira vez à ONU, disse aos líderes do mundo que seu país se comprometia positivamente com uma meta de longo prazo para reduzir gases-estufa. No médio prazo, o Japão tentará reduzir suas emissões em 25%, até 2020, em relação aos níveis de 1990, “em consistência com o que pede a ciência, e com a finalidade de deter o aquecimento planetário. Esta é uma promessa pública que fizemos em nosso manifesto eleitoral. Estou decidido a exercer a vontade política necessária para cumprir esta promessa mobilizando todas as ferramentas públicas disponíveis”, afirmou Hatoyama.

Isso incluiria a adoção de um mercado de créditos de carbono e tarifas de incentivo para energias renováveis, bem como a consideração de um imposto de aquecimento global. Mas, alertou o chefe de governo, “o compromisso do Japão com o mundo se baseia no acordo para metas ambiciosas com todas as grandes economias”.

Julian Wong, analista do Centro para o Progresso Norte-americano, com sede em Washington, disse que o se destaca é a introdução de uma nova meta por parte do presidente Hu para reduzir as emissões de dióxido de carbono por unidade do produto interno bruto. “Não foram especificados números, mas isto não deve surpreender, pois uma política nacional de tamanho alcance deve seguir várias etapas legislativas antes de ser obrigatória”, acrescento. Este é o mais claro sinal de que a China está disposta a assumir responsabilidades verificáveis com seus recursos, destacou Wong.

Por sua vez, Waskow, da Oxfam, disse que o aquecimento global é um problema que exige uma solução global. “Todas as nações enfrentam o momento da verdade, e este é o momento para ir além do discurso”, afirmou. “As nações ricas assumirão seu papel e irão liderar o caminho para encontrar uma solução mundial?”, perguntou. “Se não estão seguros, deveriam olhar o mundo e se lembrar das consequências se não agirem”, ressaltou Waskow.

Leape, da WWF, destacou que os líderes do mundo concordam que não havia outra alternativa que não fosse o êxito das negociações durante a conferência sobre mudança climática prevista para dezembro em Copenhague. “Claramente reconheceram que as negociações devem ser aceleradas e muito mais ambiciosas”, acrescentou. Leape destacou o fato de Obama ter admitido a urgência da mudança climática e prometido fazer sua parte. “Porém, o discurso como um todo representou uma oportunidade perdida para que os Estados Unidos assumissem seu papel de liderança”, afirmou.

(Por Thalif Deen, IPS / Envolverde, 24/09/2009)


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