(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
agilidade no licenciamento danos ambientais
2009-09-25

Para tribunal, processo está focado na emissão de licenças em detrimento aos efeitos ambientais decorrentes dos projetos. Auditoria também identifica existência de pressão política para a liberação das obras.

Uma auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou diversos problemas na avaliação dos impactos ambientais realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o TCU, a ausência de acompanhamento sistemático compromete a efetividade do licenciamento ambiental como um todo.

De acordo com a auditoria, o Ibama se concentra na preparação dos Estudos de Impacto Ambiental (EIA), mas uma vez concedida as licenças do processo de licenciamento - as licenças Prévia (LP), de Instalação (LI) e de Operação (LO) - falta acompanhamento sistemático para verificar se as medidas mitigadoras surtiram efeito.

"Percebe-se que grande atenção é dedicada à preparação de um EIA e à exigência de que o projeto incorpore um extenso programa de mitigação de impactos, todavia, uma vez aprovado o projeto, há um interesse surpreendentemente pequeno em verificar se ele foi realmente implantado de acordo com o prescrito e se as medidas mitigadoras atingiram seus objetivos de proteção ambiental", diz a auditoria.

O TCU considera que um dos grandes problemas do licenciamento ambiental federal é que "ele permanece focado na emissão de licenças em detrimento dos reais efeitos ambientais decorrentes dos projetos ou da efetividade das medidas mitigadoras". O tribunal alerta que a finalidade do licenciamento ambiental não é emitir licenças, mas garantir que os desenvolvimentos econômico, social e ambiental sejam compatibilizados.

Problemas
Outra falha apontada é a inexistência de uma Coordenação de Avaliação de Impactos e Riscos, e a ausência de responsáveis pelas atribuições dessa coordenação. Essa coordenação deveria existir, pois está prevista no artigo 68 do Regimento Interno do Ibama.

Falta também uma metodologia formal para analisar a qualidade dos Estudos de Impacto Ambiental apresentados ao Ibama, com critérios objetivos que pudessem nortear a análise do EIA. "Na prática, depois que o empreendedor apresenta o EIA, as equipes técnicas da Dilic analisam os impactos ambientais de acordo com a sua experiência, mas sem um padrão metodológico formal".

A auditoria questionou os analistas da Diretoria de Licenciamento Ambiental (Dilic) do Ibama, e constatou que a maioria dos analistas concordam com as deficiências nos mecanismos de monitoramento de impactos ambientais em cada obra.  62% dos analistas consideraram que os mecanismos existentes são insuficientes.  Quanto à capacidade operacional do Dilic, 72% consideraram insuficiente.

Pressão
Os analistas da Dilic também relataram um aumento da quantidade de condicionantes estipulada pelo Ibama nas licenças ambientais nos últimos anos.  A principal causa apontada é a má qualidade nos estudos ambientais apresentados pelos empreendedores.

Entretanto, também constatou como causa a existência de pressão política para a concessão de licenças.  "A pressão política para concessão das licenças também é uma causa bastante citada pelos analistas para o aumento no número de condicionantes.  O que ocorre é a liberação de licenças sem o cumprimento das condicionantes exigidas, fazendo com que as mesmas se acumulem para a próxima etapa do licenciamento, condicionando, assim, o seu cumprimento para a concessão da próxima licença".

Para solucionar todos os problemas levantados, o TCU propõe que sejam elaborados normas e critérios específicos para o processo de licenciamento; a criação de uma Coordenação específica de Avaliação de Impacto Ambiental; a elaboração de um programa de melhoria da qualidade dos EIAs apresentados pelo empreendedor, entre outras recomendações.

Leia o relatório na íntegra: Acórdão nº 2212/2009 - Plenário (1,1 Mb)

(Por Bruno Calixto, Amazonia.org.br, 24/09/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -