(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
legislação do petróleo reservas brasileiras de petróleo petro-sal
2009-09-24

O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, defendeu nesta quarta-feira (23/09) o modelo de partilha para exploração do pré-sal. A partilha, segundo ele, será mais eficiente para desenvolver a indústria do País, uma vez que a União vai deter o controle do ritmo de produção, devendo associá-la à capacidade da indústria nacional de oferecer equipamentos e máquinas necessários.

A declaração foi feita durante debate promovido pelas comissões de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; e de Minas e Energia. No modelo de partilha, proposto pelo governo para o pré-sal (Projeto de Lei 5938/09), a empresa que explora o petróleo tem que dividir o produto com o Poder Público. Quem oferecer o maior percentual de partilha com a União será o vencedor dos leilões para exploração do pré-sal.

Hoje, a lei prevê apenas o modelo de concessão (que continua valendo para áreas fora do pré-sal). Nele, a empresa assume o risco da exploração e, em contrapartida, torna-se a proprietária de tudo que for produzido, pagando à União, aos estados e municípios compensações financeiras como os royalties e participações especiais, além do chamado bônus de assinatura, que é um valor fixo no início das atividades.

Segundo Haroldo Lima, o modelo de partilha é usado por países que têm grande produção de petróleo. Já os países mais desenvolvidos usam o modelo de concessão.

Petro-Sal
O diretor da ANP também defendeu a criação da Petro-Sal (conforme prevê o PL 5939/09, enviado pelo Executivo) para funcionar como "o olho do estado" no consórcio que obtiver os contratos para explorar o pré-sal. Na opinião de Haroldo Lima, a União não pode deixar a responsabilidade de defender o interesse público nesses consórcios com a Petrobras, já que a empresa tem mais de 60% de seu capital privado. A Petro-Sal seria integralmente estatal.

Para ele, a ANP não terá suas funções esvaziadas pela Petro-Sal. "Não faz sentido essa história de que a agência está sendo enfraquecida, porque manteve todas as suas atribuições a ainda incorporou outras, como escolher os blocos na área do pré-sal que serão explorados, definir as áreas licitadas e formular o edital da licitação. São coisas totalmente novas", declarou.

Questionado por deputados sobre a participação da Petrobras nos rendimentos da exploração do pré-sal, o diretor lembrou que a empresa terá 30% dos recursos sobre os 40% destinados ao consórcio vencedor, o que daria cerca de 12% do total.

Divergências
A audiência pública sobre o marco legal do pré-sal evidenciou a forte divergência entre deputados de estados produtores e não produtores de petróleo. Especialmente porque os estados que não são produtores querem uma revisão na distribuição dos royalties do petróleo que será extraído na área do pré-sal, que fica a centenas de quilômetros da costa brasileira.

Os deputados Osório Adriano (DEM-DF) e Fernando Marroni (PT-RS), por exemplo, defenderam a tese de que essa área, tão distante do litoral, não pode ser considerada território dos estados. Já os deputados de estados produtores, como Simão Sessim (PP-RJ) e Bernardo Ariston (PMDB-RJ), argumentaram que eles devem receber compensações porque arcarão com eventuais danos ambientais e problemas sociais decorrentes da exploração.

Ariston, um dos autores do requerimento para a realização da audiência pública, considera que há pressa desnecessária e desinformação por parte daqueles que pedem mudança na distribuição dos royalties. "Ainda nem definimos qual será o marco regulatório do pré-sal, nem qual será sua produção efetiva, e alguns colegas querem começar a discussão sobre o assunto", reclamou.

Diante da polêmica, o diretor-geral da ANP reiterou que o governo admite a possibilidade de apresentar um projeto específico para tratar da distribuição dos royalties caso o Congresso não consiga avançar no tema. Essa possibilidade já havia sido anunciada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, durante debate na Câmara na semana passada. Lima garantiu, no entanto, que a proposta do governo será baseada nas discussões realizadas no Congresso Nacional sobre o tema.

(Por Rodrigo Bittar, com edição de Marcos Rossi, Agência Câmara, 23/09/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -