De acordo com estudo recém lançado do Imazon, as infrações mais comuns são desmatamento e/ou queimada e exploração de madeira. Rondônia e Pará são responsáveis por 82% dos delitos registrados em áreas protegidas. Embora o número total de crimes ambientais em áreas protegidas - Unidades de Conservação (UC) e Terras Indígenas (TI) - na Amazônia seja desconhecido, foram diagnosticados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) 1.200 crimes em áreas protegidas até março de 2008, sendo que 76% deles ocorreram em áreas de proteção integral.
A informação é do relatório lançado nesta quarta (23/09) pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Intitulado de "Como prevenir e punir infrações ambientais em áreas protegidas na Amazônia?", a publicação mostra que as áreas mais expostas aos crimes estão mais próximas das estradas, e o grande número de crimes em algumas delas fortalece reações para reduzi-las ou eliminá-las.
"As infrações mais comuns são desmatamento e/ou queimada e exploração de madeira. Os Estados de Rondônia e do Pará juntos são responsáveis por 82% das infrações registradas em áreas protegidas".
Essa situação, segundo o estudo, deve-se à impunidade predominante na região amazônica, promovida - entre outros fatores - pela falta de prioridade para concluir os processos de infrações em áreas protegidas e pela transparência insuficiente sobre a responsabilização ambiental.
"O Ibama concluiu menos de 5% dos casos avaliados neste estudo; cerca de 70% dos casos amostrados ainda estavam em análise antes da homologação pelo gerente executivo/superintendente, e metade destes já duravam entre dois e oito anos nesta fase. Até outubro de 2008 estavam em andamento no Ibama 37,6 mil processos contra infrações ambientais em todo o Brasil somando R$ 9,5 bilhões em multas", diz o relatório.
Veja o documento na íntegra: Como prevenir e punir infrações ambientais em áreas protegidas na Amazônia? (Tamanho: 3,7 Mb)
(Amazonia.org.br, 23/09/2009)