O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, levou nesta quarta-feira (23/09) uma mensagem de "esperança", durante seu discurso na Assembleia Geral da ONU. Obama pediu um esforço global para encerrar a proliferação nuclear, o combate às mudanças climáticas e a volta de um crescimento econômico balanceado.
Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral, Obama disse que sua presidência gerou "a esperança de que uma mudança real é possível, e a esperança de que a América será uma liderança para trazer tal mudança". Obama disse que nunca precisará pedir desculpas por defender os interesses norte-americanos. Mas ressaltou que é chegada a hora de "uma nova era de engajamento, baseada em interesses mútuos e respeito mútuo".
O presidente norte-americano apontou quatro pilares para a cooperação internacional: a não-proliferação, a paz, a preservação do planeta e oportunidades econômicas para todos. Segundo ele, há por todo o globo "sinais promissores" para o futuro, apesar de haver "pouca certeza sobre o que vem pela frente". Obama advertiu que a ameaça nuclear está crescendo. Ele ressaltou que os EUA estão comprometidos com uma redução das armas nucleares, através de um novo acordo com a Rússia. Além disso, disse que o país pretende firmar um acordo para banir testes nucleares e concluir uma revisão de seu arsenal nuclear, a fim de realizar novos cortes.
Os EUA estão comprometidos com a diplomacia diante de Coreia do Norte e Irã, disse o presidente. Porém ele também advertiu que as ações desses países podem levar o mundo a um "caminho perigoso". Pyongyang e Teerã se recusam a interromper seu programa nuclear e já foram alvos de sanções no Conselho de Segurança da ONU por isso. Segundo Obama, é preciso que as duas nações deixem claro se possuem armas nucleares.
Obama disse ainda que pretende continuar trabalhando por um acordo de paz entre Israel e os palestinos. Ele citou algum progresso, mas disse que os palestinos devem parar com o incitamento contra Israel, e reiterou que os EUA "não aceitam a legitimidade dos assentamentos israelenses". Os palestinos querem a área na Cisjordânia onde Israel realiza novas construções em assentamentos como parte de seu futuro Estado independente, e o tema é fonte de discórdia entre os dois lados. As informações são da Dow Jones.
(Agência Estado, JC/RS, 24/09/2009)