A Aracruz e a chilena CMPC, sediada em Santiago, assinaram ontem memorando de intenções que dá início a negociações - inclusive mediante consultas a partes interessadas - sobre possível venda da unidade Guaiba (RS). A venda engloba uma fábrica de celulose com capacidade de produção de aproximadamente 450 mil toneladas anuais, uma fábrica de papel com capacidade produtiva de mais ou menos 60 mil toneladas por ano, terrenos com uma área aproximada de 212 mil hectares (dos quais 32 mil hectares compreendem áreas arrendadas, em parceria ou de fomento) e mais licenças e autorizações para a execução de um projeto de expansão da fábrica de celulose, de modo a elevar sua capacidade de produção anual para cerca de 1.750 mil toneladas.
O preço da transação objeto do memorando é de US$ 1,430 bilhão, sujeito a ajustes. Nesse sentido, os administradores da Aracruz e da CMPC estão, a partir de ontem, iniciando tratativas com vistas à referida negociação, que deverá estar sujeita a condições peculiares a contratações dessa natureza.
O memorando ajustado entre as partes confere exclusividade à CMPC pelo prazo de 90 dias contados desta data, ou até que as partes firmem os instrumentos que consubstanciem a negociação, prevalecendo o evento que primeiro ocorrer. Qualquer evolução significativa derivada do processo de negociação será imediata e amplamente comunicada ao mercado, diz a Aracruz em nota enviada ontem à noite ao mercado.
(Agência Estado, 23/09/2009)