O antigo vice-Presidente norte-americano, Al Gore, considerou na conferência da ONU em Nova Iorque que as iniciativas chinesas e japonesas são favoráveis à protecção do clima. A China “mostrou um espírito de iniciativa impressionante” para lutar contra as alterações climáticas, disse aos jornalistas à margem da conferência.
Os objectivos de redução das emissões de dióxido de carbono até 2020 da China “não são insignificantes”, considerou Al Gore.
Citando ainda os investimentos importantes feitos pela China na energia eólica e solar, Al Gore estimou que todos estes esforços são importantes.
“Penso que, relativamente à China, o copo está, verdadeiramente, meio cheio” quando se trata de lutar contra as alterações climáticas, disse Al Gore, notando que este país está a um passo de se tornar o líder mundial na energia eólica e solar. Além disso, notou, “nestes últimos dois anos e meio, a China plantou mais árvores do que o resto do mundo”.
Os países industrializados, nomeadamente os Estados Unidos, querem que as grandes economias emergentes, principalmente a China e a Índia, se comprometam a reduzir, de forma vinculativa, as suas emissões de gases com efeito de estufa.
Al Gore saudou ainda o novo primeiro-ministro japonês Yukio Hatoyama que confirmou hoje o compromisso do Japão de reduzir em 25 por cento as suas emissões até 2020, relativamente a 1990. Qualificando o seu discurso de “formidável”, o antigo vice-Presidente americano admitiu ter ficado “encorajado pelo compromisso” de Hatoyama em aumentar a ajuda aos países em desenvolvimento para lutarem contra o aquecimento global. “O Japão e a União Europeia mostraram uma liderança fantástica nos últimos dez anos para manter o mundo na via do progresso face à crise do clima”.
Al Gore mostrou-se “optimista” quanto ao facto de o Senado americano poder avançar na elaboração de uma lei sobre o clima antes da cimeira de Copenhaga em Dezembro. “Assim, os Estados Unidos estarão em condições de ter um papel de liderança muito construtivo (...) para chegar a um acordo”.
(AFP, Ecosfera, 22/09/2009)