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plano climático emissões de co2 política ambiental china
2009-09-23

A China apresentou em Nova Iorque um pacote de medidas climáticas concretas, incluindo o seu primeiro compromisso com a redução das suas emissões de gases com efeito de estufa até 2020. O Presidente Hu Jintao fez a revelação numa conferência de cem chefes de Estado e Governo realizada para dar novo ânimo às negociações climáticas, perto do bloqueio, mas que não convenceu todos.

O mundo tem onze semanas para fazer o trabalho de casa e chegar à cimeira de Copenhaga (7 a 18 de Dezembro) em condições de aprovar o sucessor do Protocolo de Quioto, que expira em 2012. Mas as divergências entre países desenvolvidos e em desenvolvimento continuam a impedir o avanço das negociações. Hoje, era o momento certo para acelerar, ainda que não fosse o palco certo para negociar.

O Presidente chinês Hu Jintao trouxe esperança ao anunciar que aceita reduzir “consideravelmente” o aumento das emissões de dióxido de carbono (CO2) até 2020, comparativamente a 2005. O dirigente explicou que vai reduzir a quantidade de gases com efeito de estufa (GEE) produzidos por cada dólar do seu Produto Interno Bruto (PIB) até 2020.

A estratégia climática da China, o maior poluidor do mundo, inclui ainda o desenvolvimento, “de forma vigorosa, das energias renováveis e energia nuclear”. “Vamos aumentar em 15 por cento a parte das energias não-fósseis no consumo do país até 2020”, acrescentou Hu Jintao. O Presidente chinês referiu ainda o aumento da capacidade de absorção do CO2 da atmosfera através da expansão das florestas em 40 milhões de hectares até 2020, comparativamente a 2005. “Vamos acelerar os nossos esforços para desenvolver uma economia verde, uma economia de baixo carbono, a aceleração da investigação e disseminação das tecnologias verdes”, resumiu.

O secretário de Estado do Ambiente português, que participa nos trabalhos juntamente com o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, disse ao PÚBLICO que a China fez “anúncios muito importantes e construtivos”, introduzindo, pela primeira vez, uma quantificação das propostas quanto à energia e às florestas. Hu Jintao não se comprometeu com metas para a redução de emissões. Humberto Rosa lembrou que aos países em desenvolvimento só é pedido que apresentem medidas que os “desviem do cenário business as usual”.

Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção da ONU para as alterações climáticas, acredita que a China poderá “tornar-se num dos líderes desta luta contra as alterações climáticas”, disse à Associated Press. “Agora, o grande ponto de interrogação é Washington”.

Obama faz discurso sem novidades
A outra figura do dia era Barack Obama, que repetiu a sua determinação em combater o aquecimento global e o apelo aos países em desenvolvimento para fazerem o seu papel. Os Estados Unidos “compreendem a gravidade da ameaça climática. Estão determinados a agir e honrarão as suas responsabilidades para com as gerações futuras”, ameaçadas por “uma catástrofe irreversível” se a comunidade internacional não agir “de forma audaciosa, rápida e conjunta”.

No entanto, Obama não falou de esforços suplementares da parte do seu país nem apresentou novas propostas que entusiasmassem os seus homólogos. De momento, os Estados Unidos estão concentrados na aprovação da reforma do sistema de saúde e a legislação climática poderá mesmo ser adiada para 2010.

Esta falta de ambição norte-americana começa a deixar frustrados os líderes da União Europeia. “Até agora, pensávamos que o maior problema era com os chineses e indianos. Mas agora penso que o problema assenta, claramente, nos Estados Unidos”, contou ontem um responsável da Comissão Europeia ao jornal “Financial Times”.

Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU que alerta para a lentidão das negociações, alertou na abertura da conferência, que um fracasso em Copenhaga será “moralmente indesculpável, pouco sensato economicamente e politicamente desaconselhável”.

Humberto Rosa diz agora estar mais optimista. “Podemos dizer que já existem os ingredientes para o sucesso de Copenhaga”. Resta agora acompanhar o caminho negocial e esperar pela inspiração dos “cozinheiros”.

(Por Helena Geraldes, Ecosfera, 22/09/2009)


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