Os países da União Europeia (UE) rejeitaram nesta segunda-feira (22/09) a proibição do comércio internacional do atum-rabilho do Oceano Atlântico oriental e do Mar Mediterrâneo, daí resultando que Bruxelas não poderá propor uma moratória nas instâncias internacionais.
Uma maioria de países comunitários opôs-se, numa reunião do Comité de Gestão da UE sobre Comércio de Flora e Fauna, a uma proposta, avalizada pela Comissão Europeia (CE), que, se fosse por diante, implicaria proibir a venda da espécie até deixar de estar em perigo de extinção.
O atum-rabilho (Thunnus thynnus), também conhecido como atum vermelho, é a maior das várias espécies de atum e pode atingir os quatro metros de comprimento e cerca de 700 quilos de peso.
A organização ambientalista Fundo Mundial pela Natureza (WWF, na sigla em inglês) tinha apelado para que a UE colocasse o atum-rabilho do Atlântico na lista de espécies protegidas pela Convenção Internacional sobre o Comércio de Espécies Ameaçadas (CITES).
Os países da UE votaram contra a iniciativa, impulsionada pelo Mónaco, para considerar o atum vermelho “em perigo” no apêndice I da CITES, que proíbe o comércio internacional das espécies listadas.
A rejeição por parte dos países comunitários implica que Bruxelas não possa defender em nome da UE o veto ao comércio do atum vermelho, mas o Mónaco afirma “continuar a propor a sua iniciativa”, explicaram as fontes.
Depois da rejeição dos países comunitários, a CE vai esperar a próxima reunião da Comissão Internacional que gere a pesca do atum no Atlântico oriental e no Mediterrâneo (ICCAT), que se realiza no Brasil em Novembro.
A organização ecologista Greenpeace lamentou a atitude de Governos de países mediterrânicos como “Malta ou Espanha”, que com o seu veto “poderão provocar a extinção do atum vermelho e deixar os pescadores sem nada que capturar nos próximos anos”.
(Lusa, Ecosfera, 22/09/2009)