Desde esta segunda-feira (21/09), a separação dos lixos orgânico e seco virou uma importante lição para os funcionários da Prefeitura de Santa Cruz do Sul. Uma solenidade no fim da manhã, no gabinete do vice-prefeito Luiz Augusto Campis, marcou o lançamento do projeto Coleta Seletiva Solidária. Com um investimento de R$ 4,3 mil, 15 coletores serão distribuídos em 13 pontos espalhados pelos órgãos e secretarias.
Segundo o titular do Meio Ambiente, Alberto Heck, a ideia é conscientizar os servidores. Depois de ser recolhido pela Secretaria de Meio Ambiente nas terças e sextas-feiras, o lixo seco será destinado aos catadores do município. O orgânico continua com a Conesul, a empresa responsável. “Nossa preocupação era justamente dar uma destinação a materiais e equipamentos que são descartados e que podem ser reutilizados. Estamos promovendo a inclusão social”, destaca.
Para retirar o lixo seco, as associações ou cooperativas de catadores precisam se cadastrar na Secretaria de Meio Ambiente. De acordo com Heck, o programa também tem como foco de atuação a sensibilização do funcionalismo público para racionalizar a utilização dos materiais do expediente, evitando desperdícios e fazendo o uso consciente dos recursos. “Dessa forma, haverá uma maior economia para o município”, enfatiza.
Em cada secretaria, um servidor ficará encarregado pela fiscalização. “Ele terá de fazer tanto a conscientização como o monitoramento para ver se, de fato, o pessoal está realizando na prática a separação dos materiais”, observa Heck. Conforme o secretário, o programa foi elaborado com base em um decreto federal e atendido pela prefeita Kelly Moraes. “Queremos que esse projeto se expanda para as casas dos servidores, para os bairros, e que a comunidade veja isso como um exemplo positivo de implantação definitiva do futuro processo de coleta seletiva em Santa Cruz”, sublinha.
Coletores
Kelly e Campis aprovaram a iniciativa. “Temos de dar o exemplo para a nossa comunidade. Demos o primeiro passo e queremos conscientizar as nossas entidades sobre a preservação do ambiente”, diz a prefeita. O coordenador do Departamento de Controle e Qualidade Ambiental da secretaria, Cássio Arend, lembra que o Executivo contribuirá para a geração de renda dos catadores. “Muitas famílias dependem da coleta desse material.” Além dele, a comissão que acompanhará a implantação do projeto é formada por Moisés Tonelli (gabinete do vice-prefeito) e Elias Dresch (Meio Ambiente).
A empresa GLZ foi a responsável pela confecção dos coletores. “Primeiro fabricamos as telhas e os laminados, com a reutilização de embalagens longa vida. Hoje, para um laminado, utilizamos de 2 mil a 3 mil embalagens. As lixeiras comportam de 300 a 400 litros”, explica a diretora Tatiana Petry, que esteve na cerimônia.
(Por Roberto Patta, Gazeta do Sul, 22/09/2009)