O primeiro-ministro inglês, Gordon Brown, anunciou que participará, em dezembro, da 15ª Conferência do Clima (COP 15). Mais: na reunião do G-20, que acontece na semana que vem nos Estados Unidos, ele tentará convencer seus colegas da importância de participar do encontro.
A COP-15 é o momento que os líderes mundiais têm para decidir sobre o futuro do planeta. Eles devem entrar em um acordo sobre um regime político-econômico a ser seguido por todos que reduza brutalmente a emissão de gases do efeito estufa e, assim, controle o aquecimento global.
Apesar da urgência, as negociações sobre esse regime andam de mal a pior. Além disso, a maioria dos governantes se furta a se comprometer com a presença na conferência – o presidente Lula inclusive. Em um artigo publicado hoje na revista americana “Newsweek”, Brown vai direto ao ponto. “Este é um momento histórico: é o teste definitivo de cooperação global. Porém, as negociações caminham tão vagarosamente que há um grande risco de o acordo não sair.”
Segundo o diretor-executivo do Greenpeace no Reino Unido, John Sauven, “Gordon Brown injetou um tom de urgência nos debates de Copenhague ao concordar em ir”.
“No momento, há uma distância enorme entre o que é preciso fazer e o que os líderes mundiais estão prometendo. Os países ricos, incluindo o Reino Unido, precisam concordar em cortes profundos nas emissões domésticas assim como fechar um pacote financeiro para os países pobres, que mais sofrerão com os impactos das mudanças no clima”, afirma Sauven. “Faltam apenas 76 dias até o começo das discussões em Copenhague. Mais importante do que nunca, o foco deve ser em obter sucesso nessas discussões.”
(Greenpeace, 21/09/2009)