O começo da primavera, nesta terça-feira (22/09), às 18h18min, marca a nova temporada de um transtorno que assusta os porto-alegrenses e dá muito trabalho ao Corpo de Bombeiros: os enxames de abelhas.
Em 2008, o telefone 193 recebeu 805 chamados para o extermínio desses insetos, a maioria nos meses de calor. Enquanto aguarda pelo socorro, a população não deve provocar a colmeia, que pode reagir. A dona de casa Júlia Weber, moradora do bairro Partenon, zona leste da Capital, aprendeu isso na prática. Há anos, ela convive com inquilinos temperamentais, dentro da chaminé da lareira, em uma fresta do concreto impossível de chegar.
– Já tentei todo o tipo de veneno, mas não adianta – afirma Júlia.
Segundo o 1º Comando Regional de Bombeiros, o bairro Partenon é o campeão dessas ocorrências, seguido pelos bairros Passo da Areia e Teresópolis. A demanda nessa época aumenta por causa da floração das plantas. Tanto em vias públicas quanto em pátios de residências, os bombeiros assumem o trabalho, mas pedem paciência, pois não há prazo para o atendimento.
Somente casos emergenciais, como enxames perto de creches, escolas ou hospitais são atendidos com mais rapidez. Os demais entram na fila. Os bombeiros fazem uma inspeção e depois retiram os enxames.
Como agir
SE VOCÊ ESTIVER PERTO DE UM ENXAME
- Evite movimentos bruscos, pois as abelhas só picam quando se sentem atacadas
- Desligue as lâmpadas, pois as abelhas são atraídas pela luz
- Afaste animais e crianças do local
A QUEM RECORRER
- Em vias públicas ou áreas particulares, os moradores devem entrar em contato com os bombeiros, pelo 193.
- Eles serão encaminhados para o batalhão mais próximo, que recolherá os dados para fazer vistoria.
- Será necessário aguardar na fila por atendimento, ou contatar apicultores para fazerem a retirada.
PRAÇAS OU PARQUES
- Nesses locais, é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) que faz a remoção dos enxames de abelhas.
PARA QUEM NÃO QUER ESPERAR
- Na Capital, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente indica apicultores que fazem o serviço. O preço varia de R$ 20 a R$ 200, dependendo da dificuldade de remoção, pelo telefone (51) 3289-7515.
(Zero Hora, 21/09/2009)