O Ministério do Meio Ambiente lança nos próximos dias, em Belo Horizonte, o sistema de pagamento por serviços ambientais urbanos. Segundo o ministro Carlos Minc, o pagamento vai complementar a renda do catador, a exemplo do que foi feito em relação ao pagamento por serviços ambientais, “para a pessoa replantar a Amazônia, as margens dos rios. Antes a pessoa cortava e ganhava. Agora, ganha para plantar”.
No novo sistema, voltado para o catador de materiais recicláveis das metrópoles urbanas, Minc salientou que o cálculo de remuneração tomará por base a redução das emissões. “O quanto a catação dele diminui as emissões será o quanto ele vai receber”, disse. Minc lembrou que o catador não tem carteira assinada, não recebe décimo-terceiro salário e corta-se muito com vidros e latas que recicla. “Então, (o pagamento) servirá para dar mais dignidade, mais efetividade para o catador e melhorar a qualidade de vida.”
O ministro chamou a atenção para a importância da reciclagem. Essa trabalho consta do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, que prevê aumentar o nível da coleta seletiva e das cooperativas de catadores. Ele destacou que a Secretaria Estadual do Ambiente do Rio de Janeiro apoia várias cooperativas de catadores, com equipamentos e materiais, além de galpões.
(Por Alana Gandra, com edição de Enio Vieira, Agência Brasil, 19/09/2009)