A redução do número de casos suspeitos de Gripe A se mantém em Rio Grande. Continuam ocorrendo casos, mas agora são eventuais. A informação foi dada pela secretária municipal de Saúde, Zelionara Branco, segundo a qual, a retomada das atividades escolares não causaram impacto no quadro da doença. No entanto, observa que é fundamental que as pessoas mantenham as ações preventivas, como a lavagem das mãos, o uso do álcool gel e os ambientes arejados. Isso porque continuam havendo casos e as pessoas continuam circulando. "Foi graças às ações de prevenção que houve a redução", ressalta Zelionara.
Os órgãos e estabelecimentos de saúde estão mantendo os procedimentos adotados anteriormente, segundo a secretária. As pessoas que buscam atendimento com sinais de infecção respiratória aguda são avaliadas, se têm indicação são internadas em isolamento. Do contrário, são mantidas em observação domiciliar. As internações também reduziram. Ontem, tinha uma pessoa internada na Santa Casa, em isolamento. No Hospital Universitário (HU) nos últimos dias, havia uma pessoa na UTI, a qual faleceu na terça-feira. Essa última, segundo Zelionara, era um caso suspeito mas que já chegou ao hospital em situação grave, não sendo possível fazer coleta de material para exame. Porém, foi feita solicitação dos contatos, que estão sendo verificados. Ontem, não foi registrada nenhuma nova internação.
Até o momento, desde o início da epidemia de gripe A, foi coletado material de 46 pessoas com suspeita da doença na cidade e encaminhado para exame. Destes casos, o Município recebeu somente 14 resultados, sendo que 10 foram positivos para o vírus da influenza A (H1N1), dois deram negativos tanto para a gripe A quanto para a comum, e dois positivos para a gripe comum. Dos 10 casos confirmados de infecção pelo vírus H1N1, cinco referem-se a pacientes que morreram e outros cinco a pessoas que se curaram. A maioria das pessoas afetadas pela doença são adultos, entre 20 e 50 anos. Dentro deste grupo, estão principalmente obesos, diabéticos e gestantes.
Também tem sido verificada incidência em menores de um ano de idade, mas o número de afetados nesta faixa é considerado significativo porque existem poucas crianças menores de um ano. Zelionara também relata que as crianças com menos de um ano são suscetíveis porque ainda não fizeram todas as vacinas necessárias.
(Por Carmem Ziebell, Jornal Agora, 17/09/2009)