Alvo de medidas que limitaram aglomerações, adiaram aulas e afastaram do trabalho pacientes de risco, a gripe H1N1 continua sua curva descendente no país, informou o Ministério da Saúde nesta quarta-feira (16/09). Em cinco semanas, o número de notificações de casos graves caiu 65 vezes.
Com 899 óbitos confirmados até 12 de setembro, o Brasil segue sendo o país com maior número de mortes pela doença no mundo, segundo nota do órgão. Das vítimas, 91 eram gestantes. Para o ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a gripe H1N1 será uma das questões de saúde pública que o país terá que "dar conta" em 2010. Segundo ele, a demanda de pacientes com a doença caiu "drasticamente" no Brasil.
"A expectativa é de que a segunda onda da doença venha no período mais frio. Estamos trabalhando com todos os cenários e vamos nos preparar para dar conta disso tudo", afirmou o ministro durante seminário em Brasília, de acordo com a Agência Brasil. São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul foram os Estados que tiveram os maiores registros de mortes.
Apesar do maior número absoluto de óbitos, a taxa de mortalidade brasileira --0,46 para cada 100 mil habitantes-- é a quinta entre os 15 países com maior quantidade de vítimas. O ministério anunciou que devido à queda na circulação do novo vírus no país, os boletins passarão a ser divulgados mensalmente.
(Por Hugo Bachega, Reuters / UOL, 16/09/2009)