Há 22 anos o governo estadual e a prefeitura de Porto Alegre tentam intervir na zona portuária para implementar na região alguma coisa parecida com o que é hoje Puerto Madero.
. A proposta só ganhou corpo e forma durante o governo Britto, foi detonada no governo Olívio Dutra, voltou à pauta no governo Rigotto e finalmente acabou fechada como um pacote completo no governo Yeda Crusius.
. Neste momento o empreendimento todo está nas mãos da Câmara de Vereadores, que examina o verdadeiro Plano Diretor costurado pelo prefeito José Fogaça para o chamado Projeto Cais do Porto. A Câmara fará audiência pública dia 24. O presidente Sebastião Mello, disse ao editor que quer aprovar tudo até o final de outubro.
. A partir daí, tudo ficará nas mãos do governo do Estado.
. Durante os três primeiros anos do governo Yeda, sempre com a ajuda decidida do prefeito Fogaça, uma equipe mista e multidisciplinar de técnicos da prefeitura e do governo estadual levantou titularidades de imóveis do cais, atualizou as plantas da área e buscou definir exatamente os contornos urbanísticos e ambientais do Cais Mauá. Isto foi tudo aprovado por consenso. O coordenador do Grupo Técnico é o atual diretor da Caixa RS, Edemar Tutikian.
. A partir de novembro será a vez dos empreendedores privados.
. A área sob intervenção será o chamado Cais Mauá, área que vai do Gasômetro até a Rodoviária. São 3,3 quilômetros. Neles sairão restaurantes, casas noturnas, bares, centros de convenções, pequenos shopping centers, apart hotéis e hotéis. Nada do que sair deixará de respeitar o Plano Diretor e passar por rigoroso EIA-Rima e EVUs.
. Caso todos os projetos virem realidade, os investimentos no Cais Mauá poderão chegar a R$ 500 milhões, gerando 10 mil novos empregos diretos e outros 20 mil indiretos. Isto tudo poderá acontecer a tempo de atender as demandas da Copa 2014 (leia mais sobre investimentos hoteleiros em Porto Alegre, com vistas à Copa 2014).
- O Cais Mauá, tal como aconteceu Puerto Madero, será o indutor de ambiciosa recuperação dos atuais espaços urbanos degradados da região.
(Polibio Braga, 16/09/2009)