O Senado aprovou nesta quarta-feira (16/09), em votação simbólica, o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 506/09, que aprova o texto do memorando de entendimento entre o Brasil e a Dinamarca sobre cooperação nas áreas de energias renováveis e eficiência energética, celebrado em Copenhague, em setembro de 2007.
O relator do projeto na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador João Tenório (PSDB-AL), lembrou que a Dinamarca é um país exportador de energia, sob a forma de eletricidade, petróleo e gás natural. "Situada, há tempos, entre as primeiras posições no ranking dos países produtores de energia elétrica a partir da fonte eólica, a Dinamarca prioriza os investimentos em energias renováveis e em eficiência energética", afirmou o senador.
Tenório ressaltou que aquele país tem reduzindo significativamente o consumo total de combustíveis de origem fóssil, e se destaca pelas pesquisas científicas e de tecnologia de ponta, além da criação de políticas públicas voltadas para o enfrentamento dos desafios climáticos globais.
Quanto à matriz energética brasileira, acrescentou, está estruturada de forma a constituir um arranjo com significativo percentual de utilização de fontes renováveis, sendo, por consequência, uma das mais limpas do mundo. Tal percentual, segundo o senador, é, atualmente, superior a 45%, sendo que, no caso da matriz elétrica, supera 75%, especialmente por conta da energia hidrelétrica. A média mundial de produção de energia a partir de fontes renováveis situa-se em torno de 14%.
"Outro aspecto relevante a ser destacado é a importância da cooperação Brasil-Dinamarca para a ampliação do uso mundial de combustíveis alternativos aos de origem fóssil. Não é demasiado frisar que esse é um tema prioritário nesta Casa, especialmente nos trabalhos da Subcomissão Permanente dos Biocombustíveis, criada no âmbito da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA)", disse o senador.
Para o parlamentar, Brasil e Dinamarca podem atuar "de forma sinérgica em relação à produção e à utilização de biocombustíveis de segunda geração, com especial destaque para o desenvolvimento da rota celulósica do etanol".
(Por Helena Daltro Pontual, Agência Senado, 16/09/2009)