A União Européia utilizará a partir de 2010 indicadores ambientais como suplemento ao Produto Interno Bruto (PIB), anunciou o secretário de meio ambiente da Comissão Européia, Stavros Dimas. “Para mudar o mundo precisamos mudar a maneira como entendemos o mundo”, falou Dimas adicionando que o PIB é nada mais do que um indicador da atividade econômica e não visa mensurar o bem estar.
O índice utilizará como indicadores o nível de poluição e de impactos ambientais dentro do bloco europeu, incluindo questões como biodiversidade, mudanças climáticas, uso de água e geração de resíduos. As críticas ao PIB como ferramenta para a construção de políticas e para a avaliação dos países crescem há décadas, já que este índice não leva em consideração o capital natural das nações e o passivo ambiental das atividades.
A União Européia também se comprometeu a melhorar o tempo de divulgação dos dados ambientais, que atualmente levam dois a três anos para serem atualizados. Dimas usou como exemplo o PIB, que dentro de poucas semanas é divulgado. O índice ambiental será “tão simples, confiável e amplamente aceito quando o PIB”, comentou. “Seria um catalisador para mudar a maneira como vivemos”.
Outros padrões, criados por diversas instituições, já podem ser utilizados para se ter uma visão mais ampla do que a oferecida pelo PIB. Por exemplo, as Nações Unidas lançaram o Índice de Desenvolvimento Humano, que une dados do PIB, saúde e educação.
A organização londrina New Economic Foundation criou o Índice do Planeta Feliz (HPI - Happy Planet Index), que leva em consideração três indicadores particulares, a pegada ecológica, satisfação de vida e expectativa de vida. A última edição do índice foi encabeçada pela Costa Rica, que se obteve um dos maiores níveis de satisfação de vida, expectativa de vida longa de 78,5 anos e 99% da sua necessidade energética suprida com fontes renováveis.
(CarbonoBrasil, com informações de agências internacionais, 11/09/2009)