Com o objetivo de discutir os impactos socioeconômicos e ambientais da Indústria de Fosfatados Catarinense (IFC), a ser instalada no município de Anitápolis, a Assembleia Legislativa, por intermédio da Comissão de Turismo e Meio Ambiente, vai promover a segunda audiência pública para tratar do assunto. O encontro está previsto para acontecer no dia 25 de setembro, às 16 horas, no salão paroquial de Braço do Norte, Sul do estado. A Indústria de Fosfatados Catarinense já tem uma Licença Ambiental Prévia (LAP) concedida pela Fundação do Meio Ambiente de Santa Catarina (Fatma).
Segundo o deputado Décio Góes (PT), presidente da comissão, esse é o momento de esclarecer a população sobre o projeto da empresa, seus efeitos e vantagens, sem fazer qualquer julgamento precipitado. “Nosso papel é incentivar o entendimento entre comunidade, indústria e órgãos ambientais”, disse.
Ele acrescentou que os habitantes do entorno de Anitápolis estão assustados com as consequências diretas e indiretas do estabelecimento da empresa naquela região, já que para a construção será necessário o desmatamento de 400 hectares da Mata Atlântica. A área estimada representa aproximadamente 350 campos de futebol. O grande número de famílias que moram nas proximidades é outro fator agravante da questão.
Na primeira audiência pública, realizada no mês de julho, em Florianópolis, foi criado um grupo de trabalho que ficou responsável para articular todos os encontros necessários para o debate do projeto, além de elaborar um estudo técnico aprofundado sobre as consequências da instalação. Décio acredita que esse estudo será apresentado no dia 25. Foram convidados para participar do encontro entidades não governamentais, os prefeitos e as câmaras de vereadores dos municípios da Encosta da Serra, a Fatma, além de toda a sociedade.
(Por Andreza de Souza, Ascom Alesc, 10/09/2009)