A Agência espacial europeia (ESA, sigla em inglês) apresentou em Munique a missão CryoSat-2 para fazer novas medições da extensão e espessura dos gelos nas regiões polares do planeta. O satélite está pronto para ser lançado em Dezembro do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
O que é inovador no CryoSat-2 é que este “não só será capaz de cartografar a extensão das camadas de gelo mas também poderá medir a sua espessura”, informou a ESA, em comunicado. “Isto permitirá calcular o volume global de gelo e assim compreender melhor os efeitos actuais e futuros das alterações climáticas”.
Depois do êxito do lançamento da missão GOCE, para estudar a gravidade terrestre (17 de Março) e o lançamento previsto do SMOS, para estudar a Água (Novembro), o CryoSat será o terceiro satélite a integrar a missão Earth Explorer daquela agência. O satélite “vai melhorar significativamente o nosso conhecimento sobre a massa global de gelo”, nomeadamente a interacção entre o gelo marinho e os oceanos. “Também permitirá desenvolver múltiplas aplicações práticas, baseadas numa melhor compreensão da circulação dos oceanos e das alterações, actuais e futuras, do nível do mar”.
Através de um novo altímetro designado SIRAL (Synthetic Aperture Interferometric Radar Altimeter), o satélite vai medir o ritmo exacto de mudança na espessura do gelo que flutua nos oceanos e do gelo que cobre a superfície terrestre.
O centro de operações da ESA em Darmstadt, Alemanha, será responsável por controlar e monitorizar o satélite, através da estação ESA/ESTRACK em Kiruna, no Norte da Suécia. As informações serão processadas pelo Centro de Observação Terrestre da ESA (ESRIN) em Fascati, em Itália. Em Outubro de 2005, a ESA já tinha lançado o CryoSat-1 mas uma falha técnica levou a que o satélite se despenhasse perto do Pólo Norte, apenas 300 segundos depois do lançamento.
(Ecosfera, 14/09/2009)