O secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre o Clima, Yvo de Boer, afirmou que espera um acordo expressivo para a redução dos efeitos do aquecimento global, na conferência a ser realizada em Copenhagen, entre os dias 7 e 18 de dezembro, na Dinamarca. O objetivo é chegar ao fim do encontro com um tratado para substituir o Protocolo de Kyoto, que expira em 2012.
Enquanto o enviado dos EUA para o clima Todd Stern descreveu na quinta-feira as negociações como 'difíceis' e o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, notou um 'risco real' de fracasso em Copenhagen, a União Europeia propõe o investimento de dezenas de bilhões de euros em auxílio global para nações mais pobres combaterem o aquecimento global. Além disso, o próximo primeiro-ministro do Japão, Yukio Hatoyama, afirmou na segunda-feira que seu governo buscará cortar as emissões em 25%, na comparação entre as décadas de 1990 e 2020, meta bem superior aos 8% anunciados por Taro Aso, prestes a deixar o poder.
De acordo com De Boer, a China também teria mudado 'dramaticamente' sua política sobre o tema e a administração do governo Barack Obama, apesar da advertência de Stern, 'quer mudança'. Países em desenvolvimento defendem que as nações ricas sejam as maiores responsáveis pelo combate ao aquecimento global, já que são os maiores emissores de poluição.
(Correio do Povo, 13/09/2009)