O Governo da Costa Rica apresentou nesta quarta-feira (09/09) um plano de acção que pretende converter o país até 2021 ao movimento "carbono zero", nome que se dá às nações que eliminam tanto dióxido de carbono como o que emitem.
A Estratégia Nacional de Alterações Climáticas, elaborada pelo Ministério costa-riquenho do Ambiente, Energia e Telecomunicações, propõe a participação do Governo, sociedade civil e empresas privadas na luta contra o aquecimento global.
O plano pretende aumentar o uso de biocombustíveis, melhorar a qualidade de combustíveis fósseis, estimular o uso dos transportes públicos e construir vias exclusivas para as bicicletas nas cidades.
A vice-ministra da Qualidade Ambiental e Água, Lidieth Carballo, afirmou, em conferência de imprensa, que "poucos países" contam com um plano como este que abarca assuntos como a adaptação às alterações climáticas, educação, tecnologia e estudos científicos.
No sector energético que, em conjunto com os transportes, é responsável por 43 por cento da emissão de gases com efeito de estufa do país, o plano pretende alcançar os 100 por cento na geração de electricidade por meio de recursos renováveis.
Actualmente, a Costa Rica produz cerca de 80 por cento da energia através de centrais hidro-eléctricas, geotérmicas e eólicas, todas elas estatais.
O plano também menciona como eixo central o pagamento por serviços ambientais, mediante o qual o Governo paga a proprietários privados para que reflorestem e protejam as árvores dos seus terrenos.
A Noruega, Nova Zelândia, Islândia e Mónaco são outros países que também pretendem ser "neutros" em emissões de carbono em 2021.
(Lusa, Ecosfera, 10/09/2009)