Funcionários do governo chinês assinaram nesta terça-feira (08/09) um acordo com uma fábrica de painéis solares norte-americana para construir uma usina de energia fotovoltaica de 2.000 megawatts no deserto da Mongólia.
O projeto da First Solar, a ser concluído em 2019, representa a maior planta solar do mundo, parte de um parque energético renovável de 11.950 megawatts a ser construído em Ordos, na Mongólia Interior. Para dar uma ideia do que ele representa, a megausina hidrelétrica de Santo Antônio, no rio Madeira, tem 3.150 megawatts.
O memorando de entendimento entre o governo chinês e a First Solar, maior fabricante mundial de células fotovoltaicas, abriria um mercado potencialmente vasto de energia solar na China. Ela se segue a movimentos recentes do país de acelerar o desenvolvimento de energias renováveis. Quando concluído, o projeto em Ordos poderia gerar energia o bastante para suprir 3 milhões de lares chineses, segundo a First Solar.
"Isso tem a escala de uma usina nuclear", disse Mike Ahearn, principal executivo da First Solar. ""Se isso for conectado e for econômico na rede, demonstrará que energia solar em grande escala realmente funciona." O custo da planta é estimado em até US$ 6 bilhões.As células da First Solar, de telurito de cádmio, são menos eficientes que as de silício produzidas pela chinesa Suntech, a terceira maior empresa do ramo. Mas elas têm a vantagem de serem fabricadas a menor custo.
O parque renovável de Ordos inclui 6.950 megawatts de energia eólica, 3.900 de fotovoltaica, 720 megawatts de solar térmica e 310 megawatts de biomassa.
(New York Times, Folha de São Paulo, 09/09/2009)