A aposentada Maria Helena Antunes, 55 anos, mora há 28 anos em um prédio na Rua Garibaldi, esquina com a Rua Dal Canalle, e está indignada com a ação dos pichadores. O portão do prédio, de onde é síndica, foi pichado inúmeras vezes e repintado. Há 20 dias, ela se surpreendeu ao ver a casa da frente, de dois andares, com pichações gigantes, com letras que chegam a mais de quatro metros. Ela lembra que era um domingo de manhã e que na noite anterior, por volta da meia-noite, viu dois rapazes sentados à frente do prédio, em atitudes suspeitas.
– Naquela noite não chamei a polícia, mas sempre chamo e, quando chegam, não tem mais ninguém na rua – lamenta.
Em um prédio na esquina das ruas Tronca e Pinto Bandeira, no bairro Rio Branco, os moradores desistiram de combater os pichadores. O edifício está com os 10 portões da garagem pichados há mais de um ano. Segundo o síndico, André Rizzutto, 36, os moradores não repintam mais os portões porque sabem que logo estarão pichados novamente.
– Ninguém gosta de como está, mas não adianta pintar que eles voltam – diz o síndico.
(Por Vanessa Franzosi, O Pioneiro, 09/09/2009)