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el niño
2009-09-08

Fenômeno El Niño, provocado pelo aquecimento das águas do Oceano Pacífico, começou a trazer seus reflexos sobre o Estado, como a chuva de pedra que arrasou telhados na Região Central

ORio Grande do Sul foi varrido ontem por temporais que, impulsionados por ventos de até 130 km/h, chuva e granizo, danificaram centenas de casas, interromperam rodovias e deixaram pelo menos 170 mil consumidores sem energia elétrica.

As pesadas nuvens que cobriram principalmente as regiões Sul, Centro e Leste representaram também um alerta sobre o clima severo que deverá desafiar os gaúchos nos próximos meses, já que o fenômeno El Niño promete elevar a quantidade de chuva acima do normal.

A área central do Estado foi uma das mais castigadas pela combinação de ventania, chuvarada e pedras de gelo. Os 5,2 mil habitantes de Itaara, próximo a Santa Maria, testemunharam apavorados a queda de granizos que alcançavam o tamanho de laranjas. No final da tarde, o tempo fechou, e o gelo começou a despencar sobre os telhados. Como resultado, a prefeitura estima que até mil casas possam ter sofrido danos devido à tempestade.

Logo que a chuva deu uma trégua teve início a contabilização dos prejuízos. Diversos parabrisas de automóveis se quebraram devido ao impacto do granizo. Prédios públicos, como a prefeitura e o posto de saúde foram danificados pelas pedras, e ainda acabaram alagados. Numa ferragem da cidade havia fila para comprar lona. Como o estoque foi insuficiente, a população se deslocou até o ginásio de esportes para receber material.

À noite, uma fila com cerca de 230 pessoas aguardava a chegada da lona que a prefeitura tentava providenciar com órgãos como o Corpo de Bombeiros e o Exército e com lojas de material de construção para cobrir os telhados repletos de buracos.

– Não sabemos ainda o quanto de lona virá. Estamos tentando providenciar com Santa Maria porque aqui já não temos mais lona. Foi muita destruição. Temos cerca de mil casas destelhadas na cidade – afirmou o prefeito Cândido Franco Moraes (PMDB).

Expectativa é de três meses chuvosos

Conforme o prefeito e a Brigada Militar, não houve registro de feridos até a noite. Os grandes estragos, porém, farão com que a prefeitura decrete situação de emergência ainda hoje pela manhã.

– Já estamos preparando o decreto de emergência e o pedido ao governo do Estado para que nos ajude com telhas para reconstruir as casas – destacou Moraes.

Em Santa Maria, também houve prejuízos. De acordo com a Central de Meteorologia, ontem choveu o equivalente a 10 dias na cidade. Cerca de 300 casas foram destelhadas, e houve alagamentos em diversos pontos. A prefeitura abriu dois ginásios para receber famílias desabrigadas pelo temporal. O Corpo de Bombeiros também distribuía lonas para as vítimas do mau tempo. Até ontem à noite, 1,5 mil metros já haviam sido entregues às famílias atingidas, mas estava descartada a possibilidade de decretar situação de emergência.

Conforme o mais recente Boletim de Informações Climatológicas do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), concluído no final de agosto, a expectativa para os três meses seguintes é de chuvas acima da média na região Centro-Sul e, principalmente, Norte. A principal razão para isso é o aquecimento das águas do Pacífico equatorial – fenômeno célebre pelo apelido El Niño.

– O aquecimento do Pacífico altera o clima de forma global. No caso do Rio Grande do Sul, se cria uma espécie de canal de umidade que vem desde a Amazônia, e que resulta em maiores níveis de precipitação – afirma a meteorologista do CPTEC Mônica Lima.

(Por Bianca Backes e Fernanda Mallmann, Zero Hora, 08/09/2009)


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