(29214)
(13458)
(12648)
(10503)
(9080)
(5981)
(5047)
(4348)
(4172)
(3326)
(3249)
(2790)
(2388)
(2365)
energia nuclear no brasil angra 3 passivos da energia atômica
2009-09-04

O movimento a favor das mudanças climáticas está aquecendo o mercado de usinas nucleares, disse ao Valor Johannes Höbart, diretor no Brasil da Areva, gigante francesa do setor nuclear. Höbart informou que a empresa já tem vários novos projetos em carteira, sendo quatro em fase de construção: um na Finlândia, dois na China e um na França, além de conversas com interessados nos Estados Unidos e Inglaterra. Por causa da crise, um projeto na África do Sul foi adiado.

No Brasil, a Areva, que ergueu a usina nuclear de Angra 2, vai construir Angra 3. E ainda planeja participar das licitações das quatro novas usinas que o governo brasileiro pretende construir até 2030. Antes disso, a empresa estará trabalhando em Angra 3. Höbart prevê que até o fim do ano os contratos que vai assinar com a Eletronuclear para a construção da usina já estarão totalmente revistos e com suas cláusulas atualizadas, já que datam da década de 70, época em que o general Ernesto Geisel, então presidente do país, assinou o acordo nuclear com a Alemanha e a Areva tinha outro nome e trabalhava em conjunto com a Siemens.

Depois da revisão, o próximo passo será a assinatura do contrato entre as partes para construir a terceira usina em Angra, com potência de 1.400 megawatts, que deverá iniciar operação em 2014.

Höbart prevê que a implantação do novo programa nuclear brasileiro começará no prazo entre dois e três anos, quando será aberta licitação para a primeira nova usina nuclear, com potência de 1 mil megawatts. O cronograma prevê que ela deve estar pronta até 2019. "Uma usina nuclear leva no mínimo cinco anos para ser construída", disse Höbart. No momento, a Eletronuclear está definindo o local da nova usina, que deve ser instalada no Nordeste. Quem definirá o tipo de reator da nova usina será a Eletrobrás, da qual a Eletronuclear é subsidiária.

O executivo da Areva disse que a empresa está construindo agora o que denomina de reator da terceira geração, que dá segurança passiva (dispensa equipamentos de fora) em caso de ameaça de vazamento, evitando acidentes graves. O reator moderno é programado para ter vida útil de 60 anos, o que barateia o equipamento. Também tem a vantagem de utilizar combustível avançado, que consome menos urânio, além de reciclar o combustível já utilizado pela usina, diminuindo o volume de lixo atômico.

A questão do lixo atômico é a mais polêmica no tocante à usina nuclear, que não emite CO2. O Brasil, segundo Höbart, está com projeto de construir um repositório intermediário para o lixo atômico e um depósito final. Até agora o lixo atômico brasileiro fica dentro das próprias usinas de Angra 1 e Angra 2. A Areva diz deter a tecnologia de armazenagem do lixo atômico, já que na França funcionam 54 usinas nucleares.

O lema da Areva é "CO2 Free". Por isso, além da energia nuclear, a empresa trabalha também com biomassa e energia eólica. Ela tem uma empresa no Brasil para a construção das chamadas PCHs (pequenas centrais hidrelétricas), a Koblitz, adquirida em 2008, e uma empresa de equipamentos de transmissão e distribuição de energia. Presente em mais de cem países, o faturamento da Areva atingiu €12 bilhões no ano passado.

(Valor Econômico, 04/09/2009)


desmatamento da amazônia (2116) emissões de gases-estufa (1872) emissões de co2 (1815) impactos mudança climática (1528) chuvas e inundações (1498) biocombustíveis (1416) direitos indígenas (1373) amazônia (1365) terras indígenas (1245) código florestal (1033) transgênicos (911) petrobras (908) desmatamento (906) cop/unfccc (891) etanol (891) hidrelétrica de belo monte (884) sustentabilidade (863) plano climático (836) mst (801) indústria do cigarro (752) extinção de espécies (740) hidrelétricas do rio madeira (727) celulose e papel (725) seca e estiagem (724) vazamento de petróleo (684) raposa serra do sol (683) gestão dos recursos hídricos (678) aracruz/vcp/fibria (678) silvicultura (675) impactos de hidrelétricas (673) gestão de resíduos (673) contaminação com agrotóxicos (627) educação e sustentabilidade (594) abastecimento de água (593) geração de energia (567) cvrd (563) tratamento de esgoto (561) passivos da mineração (555) política ambiental brasil (552) assentamentos reforma agrária (552) trabalho escravo (549) mata atlântica (537) biodiesel (527) conservação da biodiversidade (525) dengue (513) reservas brasileiras de petróleo (512) regularização fundiária (511) rio dos sinos (487) PAC (487) política ambiental dos eua (475) influenza gripe (472) incêndios florestais (471) plano diretor de porto alegre (466) conflito fundiário (452) cana-de-açúcar (451) agricultura familiar (447) transposição do são francisco (445) mercado de carbono (441) amianto (440) projeto orla do guaíba (436) sustentabilidade e capitalismo (429) eucalipto no pampa (427) emissões veiculares (422) zoneamento silvicultura (419) crueldade com animais (415) protocolo de kyoto (412) saúde pública (410) fontes alternativas (406) terremotos (406) agrotóxicos (398) demarcação de terras (394) segurança alimentar (388) exploração de petróleo (388) pesca industrial (388) danos ambientais (381) adaptação à mudança climática (379) passivos dos biocombustíveis (378) sacolas e embalagens plásticas (368) passivos de hidrelétricas (359) eucalipto (359)
- AmbienteJá desde 2001 -