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aterros sanitários
2009-09-03

O local onde se encontra o Aterro Sanitário era uma área degradada pela exploração de argila. Com o término desta exploração, a área constituiu em um lixão a céu aberto, que chegava a acumular montes de 40 metros de altura e onde constantemente aconteciam incêndios. Após estudos ambientais realizados pelo governo municipal, a área foi transformada em Aterro Sanitário em 1998. Uma solução eficiente, acessível e inteligente, além de ser a mais correta e que respeita as normas ambientais.

De acordo com o secretário municipal de Serviços Urbanos, Juarez Fialho,o Aterro Sanitário Santa Tecla está em “perfeitas condições” e todas as operações realizadas estão de acordo com as normas ambientais. “Estamos aguardando a liberação do licenciamento ambiental pela Fepam, na qual poderemos ampliar a área e garantir mais 15 meses de vida útil para o aterro neste local”, destacou Juarez.

Redução de custos com aterro em Gravataí
Atualmente, o aterro público recebe de 300 a 500 toneladas/dia de lixo produzidos em Gravataí. O Município tem um custo mensal de R$ 220 mil mensais com a operação - maquinário e funcionários, recolhimento, cobertura do lixo, tratamento do chorume. Cerca de 3.700 metros cúbicos de chorume são levados todos os meses para a estação de tratamento da Corsan.

Se a mesma quantidade de lixo fosse depositada em outro município, como Minas do Leão, em um aterro privado por exemplo, o custo para Gravataí seria de praticamente o dobro do valor, ou seja, em torno de R$ 500mil ao mês, além do custo ambiental (poluição e riscos causados no transporte do lixo com caminhões e transbordo do material).

Tecnologia para tratamento de resíduos
O aterro é dotado de tecnologia capaz de preservar a área onde está instalado, bem como tratar adequadamente os resíduos ali depositados. O processo obedece à legislação ambiental e serve de exemplo para as demais cidades brasileiras pelo trabalho de recuperação da área com tratamento do gás metano e do lixo lixiviado (chorume). Além de tratar o lixo recolhido diariamente no Município, o aterro recebe resíduos de Cachoeirinha e Esteio.

A implantação do aterro observou a recuperação do solo, antes degradado com a deposição indevida, e o tratamento dos resíduos. As camadas de material plástico, brita e argila são superpostas e servem de filtro para o chorume que, tratado adequadamente, pode voltar à natureza sem agressão ao meio ambiente. Compactado em camadas, o lixo recebe cobertura diária de terra e filtros aéreos para queima do gás produzido. Ao ser completada, a célula recebe cobertura de grama que finaliza o processo.

Exemplo para o Mundo
O processo de tratamento dos resíduos de Gravataí, realizado no Aterro Sanitário Santa Tecla, despertou o interesse de outros países. Representantes do Kosovo, Angola, Moçambique, Indonésia, Bósnia, Zimbábue e Equador, já visitaram o local para conhecer o funcionamento do Aterro Sanitário Santa Tecla.

Emissoras de televisão também realizaram matérias sobre o aterro. Uma equipe do programa Via Legal, da TV Cultura, esteve no local para abordar o tema “Destino do resíduo urbano”. O programa sobre a produção e destinação adequada do lixo foi veiculado, no ano passado, na TV Justiça e na TVE.

Geração de empregos
O local propicia ainda geração de emprego e renda para cerca de 40 famílias que trabalham na separação, triagem e prensa dos resíduos realizados nos galpões de reciclagem. Além de proteger o meio ambiente com o reaproveitamento do lixo, transformando-o em novos produtos ou matéria-prima, o trabalho garante o sustento de muitas pessoas, já que depois de prensados os materiais são vendidos.

O senhor Eloir da Silva, de 57 anos, trabalha no Galpão de Reciclagem da Associação dos Moradores da Santa Tecla, coordenando uma das duas equipes que contam com 12 pessoas cada. Ele conta que tem cinco filhos e “o trabalho com a separação deste material reciclável é o principal sustento da minha família”, afirmou, mostrando que decorou o valor de cada produto (vidro, plástico, papelão, papel branco, entre outros) que servem para a venda.

Ana Cristina Santos Jorge, de 30 anos, é mãe de quatro filhos e pertence ao Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis que tem 17 trabalhadores organizados em um dos galpões do Aterro Santa Tecla. Ana garante que a parceria que a Prefeitura de Gravataí iniciou neste ano com os catadores para a Coleta Seletiva de Lixo no Centro do Município aumentou consideravelmente a quantidade de material recolhido para a separação e venda. “Com este trabalho aqui no galpão, agora a nossa renda em média é de R$470,00 por mês”, comentou.

Meio Ambiente
Localizado no Distrito do Ipiranga, na estrada Henrique Closs, nº3.637, o aterro tem quatro bacias de decantação para tratamento aeróbico de efluentes líquidos percolados (chorume) drenado através de tubulação, e dezenas de chaminés queimam gases butano e GNV. Outra ação que preserva o meio ambiente é a colocação constante de argila e pedras pelas máquinas após o descarregamento do lixo como forma de evitar a procriação de animais transmissores de doenças.

Produtos como pneus, lâmpadas, pilhas, baterias e óleo de cozinha recebem uma atenção especial da SMSU. O tratamento diferenciado na coleta e armazenamento é necessário pois os materiais demoram milhares de anos para se decompor, causando prejuízos à natureza. Um convênio com a Anipp (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) recolhe mensalmente os pneus.

(Por Lisandro Paim, AScom Prefeitura de Gravataí, 02/09/2009)


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