Nos dias 13 e 14 de agosto, os atingidos pela barragem de Itapiranga (SC) e a sociedade em geral participaram de um encontro para discutir sobre a atual situação da obra, que está projetada para ser construída no rio Uruguai, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. No final do encontro, foi elaborado um manifesto, no qual diversas entidades manifestam sua posição contrária à barragem (leia aqui).
Segundo o MAB, a barragem não trará desenvolvimento econômico para o município. Comparando a produção agrícola das comunidades com os retornos de compensação econômica (que é proporcional a área alagada), a conclusão é de que os municípios atingidos teriam um desfalque anual de cerca de 57 milhões de reais. O MAB argumenta ainda que a obra deve gerar poucos empregos, já que os operários costumam vir de fora do município, junto com as empreiteiras.
Além do encontro, os atingidos realizaram uma marcha pela cidade denunciando o atual modelo do setor elétrico que exclui milhares de pessoas de suas terras: "São milhares de hectares de terras agricultáveis e de vegetação inundados, além do aumento da pobreza nas periferias das grandes cidades, que recebem os agricultores atingidos pelas barragens. Nós não podemos deixar que isso continue acontecendo", afirmam as lideranças.
(MAB, 27/08/2009)