Catorze indústrias catarinenses ultrapassaram a marca de US$ 100 milhões em exportações em 2008, uma a mais do que o verificado há dois anos. A Seara saltou da terceira para a primeira posição com US$ 739,7 milhões, um crescimento de quase 42%. A Weg Equipamentos Elétricos ficou na segunda colocação, com exportações de US$ 658,2 milhões. A Whirlpool, que em 2007 liderou o ranking, caiu para o terceiro lugar, com US$ 624,1 milhões. Os números são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Com exportações de US$ 587,2 milhões e um crescimento de cerca de 35%, a Sadia ganhou uma posição e agora ocupa o posto de quarta empresa catarinense que mais exporta. A Perdigão, que em 2007 superou a rival, aparece em seguida, com vendas externas de US$ 494,9 milhões. No total, 40 empresas são responsáveis por cerca de 74% das exportações de Santa Catarina, que no ano passado somaram US$ 8,2 bilhões, acréscimo de cerca de 12% em relação a 2007.
As novidades na lista das indústrias com vendas externas superiores a US$ 100 milhões foram o Frigorífico Riosulense, que acumulou US$ 104,6 milhões, e a Bunge Alimentos. A empresa de Gaspar, a maior do Estado antes da fusão entre a Sadia e a Perdigão, também foi responsável por um dos crescimentos mais expressivos. A variação de 147% rendeu à gasparense a 11ª posição no ranking. Com queda de 73%, a Agrenco foi a única a deixar a lista.
O setor de alimentos é o mais expressivo na balança comercial catarinense. Em 2007, as exportações das empresas da área atingiram quase US$ 3 bilhões. O segmento metal-mecânico aparece logo depois, com vendas de cerca US$ 2 bilhões. As exportações do setor de tabaco chegaram a US$ 673 milhões.
Hegemonia ianque
Mesmo com uma queda de 13%, os Estados Unidos continuam sendo os principais compradores do Estado. Em 2008, os ianques gastaram US$ 1,1 bilhão com os produtos catarinenses. O Japão foi o segundo principal destino das vendas, com US$ 558,3 milhões – quase 70% a mais do que em 2007. A Argentina ficou na terceira posição, com US$ 548,7 milhões.
Na outra ponta, as importações de Santa Catarina registraram a marca de US$ 7,9 bilhões, um acréscimo de quase 60% em relação a 2007. Com o resultado, o superávit da balança comercial catarinense ficou em apenas US$ 287 milhões, queda de 88% em relação ao ano anterior. O valor ficou muito abaixo da média de pouco mais de US$ 2,3 bilhões alcançada nos últimos dez anos.
A Copper Trading, com unidade em Itajaí, se tornou a empresa do Estado com maior volume de importações. Em 2008, comprou US$ 508,1 milhões, um crescimento de 206%. Na segunda posição aparece a Cotia Vitória Serviços e Comércio, com US$ 416,5 milhões. Em seguida figura a Dow Brasil, que importou US$ 315,2 milhões no ano passado
Entre os 40 maiores importadores catarinenses, 12 mais que dobraram o volume de importações. Os destaques ficaram por conta da Bunge Fertilizantes (466,7%), Sidmex Internacional (323,6%), AC Comercial Importadora e Exportadorea (312,91%) e Trop Comércio Exterior (253,33%). Apenas três empresas reduziram as compras externas: Sistex Comércio Importação e Exportação (-26,6%), Bunge Alimentos (-6,0%) e Diamond Business Trading (-5,8%).
Só da China vieram quase 21% das importações – ao todo elas somaram US$ 1,6 bilhão, quase 75% mais do que em 2007. O Chile foi o segundo país mais procurado pelos catarinenses, com US$ 959,0 milhões, acréscimo de 82%. A Argentina vem em seguida, com US$ 946 milhões. A Índia (206,1%), a Venezuela (188,9%) e a Ucrânia (163,6%) registraram as maiores variações nas importações de Santa Catarina.
(Noticenter, 26/08/2009)