O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) promove nesta quinta e sexcta (27 e 28/08) audiências públicas nos municípios de Bagé e Candiota para discutir o processo de licenciamento ambiental da termelétrica MPX Sul, do empresário Eike Batista. Depois das reuniões, o Ibama avaliará os estudos ambientais realizados para emitir a licença prévia da usina que usará carvão mineral da Mina de Seival como combustível. A usina terá capacidade de produção de 600 megawatts (MW).
O projeto prevê investimentos de R$ 3 bilhões. Durante o período de obras, a MPX irá gerar cerca de 7 mil empregos diretos e indiretos, enquanto na operação serão cerca de 1,5 mil postos de trabalho diretos e indiretos. A empresa dará prioridade à contratação de trabalhadores gaúchos, principalmente dos municípios de Bagé, Candiota, Hulha Negra e Pinheiro Machado.
'A construção da planta diminuirá a dependência energética do Estado, que hoje importa energia elétrica de outras regiões', ressaltou o diretor de Meio Ambiente e Novos Negócios da MPX, Paulo Monteiro.
Após a obtenção da licença, a companhia tentará negociar a energia da termelétrica para grandes consumidores industriais e para as distribuidoras por meio de leilões organizados pelo governo federal. Com a venda garantida, a MPX poderá iniciar a construção da usina que que será concluída em 48 meses.
A MPX detém participação de 70% na mina, que está parada há mais de uma década. Seival tem reservas comprovadas de 152 milhões de toneladas de carvão mineral, suficientes para mais 30 anos de operação. 'O Estado tem grande potencial de carvão mineral, mas é necessário viabilizar projetos para transformar essa riqueza em desenvolvimento', disse Monteiro.
(Correio do Povo, 27/08/2009)