Eventos serão em Belém, Altamira e cidades vizinhas. Custo da usina é estimado entre US$ 1.000 e US$ 3.000 por kW, segundo José Antonio Muniz Lopes
A hidrelétrica de Belo Monte (PA, 11.233 MW) terá quatro audiências públicas que estão previstas para acontecer na primeira quinzena de setembro. A informação foi dada nesta segunda-feira, 24 de agoosto, pelo presidente da Eletrobrás, José Antonio Muniz Lopes, durante o IV Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica. "As audiências públicas acontecerão nas cidades de Belém, Altamira, e cidades vizinhas à usina", contou o executivo. O empreendimento encontra-se em processo de licenciamento.
O prazo para requisição de audiências encerra-se no próximo dia 5 de setembro, segundo o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis e o plano do governo é de licitar a usina ainda neste ano. Quanto ao custo total do empreendimento, Muniz lembrou que o empreendimento deverá ficar entre US$ 1.000 e US$ 3.000 por kW. "De US$ 1.000 a US$ 3.000 por kW é a faixa de preço de uma boa hidrelétrica. Se considerarmos US$ 1.000 por kW, já teríamos US$ 11 bilhões", estimou. Considerando o teto, o montante passa para US$ 33 bilhões.
Transmissão
O sistema de transmissão de Belo Monte, de acordo com ele, será constituído pela linha de transmissão Tucuruí - Manaus-Macapá, que já está em implantação. Muniz explicou que a linha já prevê a instalação de uma estação coletora para a usina. "Nós temos um circuito duplo ligando Tucuruí a Manaus. Quando esse circuito duplo passar em Belo Monte, esse circuito, na prática, se transforma em quatro linhas de 500 kV, saindo de Belo Monte", destacou.
Segundo ele, cerca de 10 quilômetros separam Belo Monte da estação coletora e será a única LT a ser construída para a usina. "Por isso, o custo de transmissão será mínimo", disse. Ele contou ainda que não será preciso uma linha de transmissão somente para Belo Monte, porque a idéia é de que parte da energia da usina fique no Pará. "Como existe no Pará inúmeros projetos minero-metalúrgicos, é possível que parte da energia da usina fique no estado, o que faz com que apenas a LT Tucuruí-Manaus resolva", declarou.
(Por Carolina Medeiros, Canal Energia / Amazonia.org.br, 25/08/2009)