De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em 40 anos, as mudanças climáticas causarão a morte de mais de seis mil pessoas e prejuízos de mais de R$ 20 bilhões ao Brasil
Em dezembro deste ano, 200 países vão se reunir na cidade dinamarquesa de Copenhague, na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima. A intenção é que seja assinado um acordo com metas de redução das emissões de gás carbônico – um dos causadores do aquecimento global. Nas primeiras semanas de agosto, organizadores do encontro e ambientalistas estiveram em Bonn, na Alemanha, para discutir o tratado.
A integrante da Organização Não-Governamental (ONG) WWF Brasil, Karen Suassuna, avalia a última reunião como um “exercício de simplificar textos, sem novas propostas”. Para Karen, os países estão muito longe de chegar a um acordo. Karen observa que os países desenvolvidos deveriam ser mais firmes em suas metas. “Esperamos responsabilidade de quem até hoje causou grande parte deste problema: os países desenvolvidos. Se hoje eles são desenvolvidos, foi porque basearam o sistema de desenvolvimento em tecnologias que são problemáticas para o clima do planeta, utilizando o carvão, o petróleo e o gás.”
Quanto ao papel do Brasil nas negociações, Karen distingue o discurso do país feito para o exterior e a sua prática. “O Brasil tem agido com certa coerência ao longo deste processo de negociação. Mas percebemos que uma coisa é o posicionamento internacional, e outra coisa é a implantação dentro do país.”
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 40 anos, as mudanças climáticas causarão a morte de mais de seis mil pessoas e prejuízos de mais de R$ 20 bilhões ao Brasil. Em novembro do último ano, o país foi afetado por fortes chuvas em Santa Catarina, gerando a morte de mais de 130 pessoas, fora os prejuízos materiais.
(Por Ana Maria Amoim, Radioagência NP / EcoAgencia / CarbonoBrasil, 25/08/2009)