Materiais deixados na área fazem proliferar insetos e mau cheiro no loteamento da Zona Norte

Os moradores do Loteamento Colina do Sol, na zona norte de Caxias do Sul, não aguentam mais conviver com um lixão em uma área verde da Rua Asulvino Amélio Balbinot. O depósito irregular é feito principalmente ao meio-dia e após as 18h por motoristas que estacionam seus veículos carregados de entulhos. O despejo é feito em grandes quantidades e, em alguns casos, pessoas colocam fogo nos resíduos, espalhando a fumaça e o mau cheiro na região.

No local, são largados materiais como latas de tinta, solventes, pneus, lâmpadas, materiais de construção, além de lixo comum. As más condições da área têm contribuído para a proliferação de insetos e outros animais. Segundo os moradores, o problema vem ocorrendo com maior intensidade desde agosto do ano passado.

A Companhia de Desenvolvimento de Caxias do Sul (Codeca) iniciou a limpeza do terreno na última quinta-feira. Mas ontem, quando o serviço seria concluído, os servidores tiveram de recomeçar o trabalho porque mais lixo amanheceu no terreno. De acordo com um funcionário da empresa, a última coleta havia sido feita há cerca de três meses. Até agora, já foram carregados oito caminhões com entulhos.

A presidente da Associação dos Moradores de Bairros (Amob) do Colina do Sol, Juliana Maciel da Silva, que consegue ver o terreno de sua casa, conta que já houve diversas tentativas de conversa entre moradores e quem despeja o lixo.

Conforme a presidente da Amob, para punir os responsáveis, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente exige fotos de flagrante, pois a anotação das placas dos veículos usados pelos poluidores não seria suficiente para comprovar a prática ilegal. Ela acredita que seria preciso ampliar a fiscalização:

– Foi prometido que um carro da secretaria faria o monitoramento do terreno, mas até agora não vimos nada.

- Para denunciar despejo de lixo em locais irregulares ligue para a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Os telefones da repartição são (54) 3218.6124 ou 3218.6125.
O que diz o secretário do Meio Ambiente, Adelino Teles:

Ele reconhece que o problema ocorre há anos e afirma que a secretaria tem identificado e autuado os responsáveis, por meio de denúncias e de indícios encontrados no lixo. Teles afirma que foram aplicadas pelo menos 10 multas. De acordo com o secretário, uma vez reconhecido o autor do crime ambiental, é emitida uma notificação. A partir disso, a pessoa tem 20 dias para apresentar a defesa. Quanto à fiscalização da área, Teles disse que uma viatura da secretaria passa pelo local.

– São feitas rondas no mínimo uma vez ao dia, mas como a cidade é grande, não podemos ficar somente lá – explica.

(Pioneiro, 26/08/2009)