O trabalho inicial de despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões postais do Rio de Janeiro, será iniciado nesta terça-feira (25/08), com a realização dos serviços de limpeza e filmagem das galerias de águas pluviais do entorno da Lagoa. A operação técnica auxiliará na identificação de possíveis lançamentos clandestinos de esgotos, que são drenados para as galerias de águas pluviais e podem acabar na Lagoa, e na limpeza das tubulações.
A despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas resulta de parceria entre a Companhia estadual de Água e Esgoto (Cedae) e o grupo EBX, do empresário Eike Batista. O serviço, que será feito com o auxílio de um robô de alta tecnologia para verificação das galerias de águas pluviais, tem prazo de 60 dias para ser executado, ao custo de R$ 500 mil.
A operação de limpeza e filmagem interna das redes é uma etapa muito importante do processo de despoluição da Lagoa Rodrigo de Freitas, informa a Cedae, pois permitirá melhor escoamento e drenagem das redes de esgotamento sanitário, galerias de águas e da galeria de “cintura” da Lagoa. Serão removidos sólidos e gorduras de cerca de 60 quilômetros de redes. Segundo a Ceade, nessa primeira etapa do processo de despoluição da Lagoa vão trabalhar 25 funcionários da empresa e do grupo EBX. Eles contarão com dois veículos tipo vácuo-flex, dois sewer-jet e uma van, equipada com um robô de filmagem.
Também o Programa de Melhoria Ambiental da Lagoa vem sendo executado. Até agora, as novas elevatórias já inauguradas beneficiam diretamente 180 mil moradores de diversos bairros da zona sul. De acordo com a Cedae, a quantidade de coliformes fecais na Lagoa caiu de 16 mil em 2006 para 1.000 por 100 mililitros atualmente, dentro do padrão estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) para que a água seja considerada própria para banho.
(Por Riomar Trindade, com edição de Graça Adjuto, Agência Brasil, 24/08/2009)