Haverá petróleo na região da Tríplice Fronteira? Esta é a pergunta que, há anos, alimenta as fantasias dos moradores de Juan León Mallorquín, localidade paraguaia situada a cerca de cem quilômetros da Ponte da Amizade. Em 30 dias, uma empresa equatoriana começará a apontar respostas a este mistério.
De acordo com o jornal ABC Color, trata-se da Tripetrol, companhia petrolífera que, em parceria com a paraguaia Lan Oil SA, assumirá os direitos de prospecção no chamado “Bloco Oriental”, em substituição à estadunidense Crescent Global Oil, que já anunciou que apresentará recurso contra a medida.No âmbito internacional, a Tripetrol é aliada do gigante russo Lukoil, motivo pelo qual, a chegada da empresa à pequena cidade, que vive, basicamente, da agricultura, está novamente alimentando as esperanças de progresso de seus moradores.
Em entrevista ao ABC Color, Edgar González e Andrés Florentín, proprietários da Lan Oil SA, deram detalhes do empreendimento e da disputa jurídica com a ex-concessionária do setor. “A Crescent é um balão de gás, é outra tentativa de especulação em torno às concessões petrolíferas. Em quatro anos na área de concessão recebida, não há sequer um poste cravado”, queixou-se Florentín. “Eles são uma empresa de portfólio, não têm nenhuma experiência petrolífera”.
“Nosso país já leva 20 anos sem receber verdadeiras empresas petrolíferas, a última em trabalhar aqui foi a Texaco, precisamente, no bloco do Alto Paraná. Desde então, no Paraguai, as concessões petrolíferas giraram em torno da especulação exclusivamente”, complementou.
Por sua vez, Edgar González afirmou que “nos interessa o bloco, tem um imenso potencial. No Brasil, a capa basáltica é muito grossa, superior aos quatro mil metros. Em nosso território, a média é de 1,5 mil metros e contamos com o suporte técnico adequado para trabalhar com êxito”.
(Por Guilherme Dreyer Wojciechowski, SopaBrasiguaia.com, 23/08/2009)